Cabo Canaveral, EUA (AFP/ EFE) O ônibus espacial Discovery, lançado pelos Estados Unidos na terça-feira, com sete astronautas a bordo, se acoplou ontem à Estação Espacial Internacional (EEI), às 8h16 de Brasília. As últimas manobras para o acoplamento, que ocorreu a cerca de 400 quilômetros sobre o Oceano Pacífico no oeste do Chile, começaram às 2h39 de Brasília. A junção se realizou segundo um movimento orbital muito preciso para que houvesse um alinhamento perfeito dos dois aparelhos. Foi a primeira viagem de um ônibus espacial norte-americano à EEI desde a visita da Endeavor em novembro de 2002.
Antes do acoplamento, o Discovery fez uma manobra na qual passou a uma distância de 183 metros da EEI para que fosse possível filmar e fotografar o casco da nave. A intenção é verificar se ele está em perfeitas condições. A preocupação baseia-se no fato de que dois pequenos fragmentos se desprenderam da nave no momento do lançamento. Em razão disso, a Agência Espacial dos EUA (Nasa) anunciou na quarta-feira a suspensão das missões espaciais até que o problema recorrente seja solucionado.
A Casa Branca apoiou ontem a decisão da Nasa, apesar das metas ousadas na área espacial. Os EUA querem explorar Marte e voltar a enviar um vôo tripulado à Lua antes de 2020. O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, afirmou que "os especialistas da Nasa estão tomando as decisões que acreditam ser as melhores". "A Nasa está concentrada na segurança, que é o mais importante de tudo", ressaltou o porta-voz.
A grande preocupação da agência espacial é com a volta do Discovery à Terra, programada para o dia 7 de agosto. Foi na reentrada da atmosfera que ocorreu o acidente com a missão anterior, do Columbia. O ônibus explodiu pouco antes do pouso, no dia 1.º de fevereiro de 2003, matando seus sete tripulantes. A origem do problema, segundo a Nasa apurou mais tarde, foi o desprendimento de um fragmento de espuma isolante.
Ajuda
Diante das preocupações, a Rússia está oferecendo ajuda aos Estados Unidos se o ônibus Discovery e seus sete tripulantes tiverem problemas para regressar à Terra. "Acreditamos que a missão do Discovery será bem-sucedida, mas, caso haja necessidade, poderemos ajudar nossos colegas no retorno de sua tripulação, usando nossas naves", afirmou Nikolai Sebastianov, diretor do consórcio Energia, construtor de naves espaciais. Segundo ele, a maioria dos especialistas russos acha que o Discovery não sofreu nenhum dano grave na decolagem e que poderá regressar à Terra sem problemas.
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