Relações tumultuadas
Rivalidade entre as potências nucleares remete à partilha de 1947 e envolve disputa territorial.
Caxemira
- Região foi dividida em 1947, quando Índia e Paquistão conquistaram independência do Reino Unido.
- Parte indiana, 2/3 do total, tem maioria muçulmana e éreivindicada pelo vizinho, que fomenta separatistas.
- Disputa motivou 2 das 3 guerras travadas entre os rivais e já custou a vida de estimadas 68 mil pessoas.
Ataques a Mumbai
- Atentado terrorista em novembro de 2008, que matou 166 pessoas, foi planejado em solo paquistanês.
- Índia acusa serviço secreto do Paquistão de estar por trás de grupos radicais islâmicos que o promoveram.
- Os ataques deterioraram as já tensas relações bilaterais,que estão na prática congeladas desde então.
Separatismo
- O Paquistão, por sua vez, acusa a Índia de patrocinar insurgentes que pregam o separatismo na região do Baluquistão, que faz fronteira com Afeganistão e Irã.
- Terceira guerra foi motivada por apoio indiano à independência de Bangladesh, em 1971, à época território paquistanês.
Afeganistão
- Índia e Paquistão disputam influência sobre o país. Islamabad teme desestabilização de seu território a partir do vizinho; Nova Déli teme que o país vire entreposto para terroristas com apoio paquistanês.
Água
- Os dois países ainda disputam controle de nascentes no Himalaia de importantes rios; Paquistão acusa a Índia de desviar curso da água.Fontes: sipri.org e csis.org
Presidente dos EUA quer muçulmanos contra Al-Qaeda
Jacarta - O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu apoio aos muçulmanos na luta contra a rede extremista Al-Qaeda e prometeu esforço para uma relação melhor do ocidente com o islã. As declarações foram feitas em visita a Jacarta, na Indonésia o país com a maior comunidade muçulmana no mundo (cerca de 90% da população de 240 milhões).
Islamabad - Após a China afirmar que "entende e apoia a intenção da Índia de integrar o Conselho de Segurança da ONU como país membro permanente, o Paquistão se disse ontem "preocupado e decepcionado com o apoio expresso pelos EUA à possibilidade.
"É incompreensível que os EUA tenham decidido apoiar a Índia, cujas credenciais para o cumprimento dos princípios da Carta da ONU e a lei internacional são questionáveis, afirmou o Paquistão.
Islamabad contestou principalmente a suposta "desatenção de Nova Délhi às resoluções da ONU sobre a Caxemira, região na fronteira bilateral cuja parte indiana, que tem maioria muçulmana, é reivindicada pelo Paquistão.
"[A Índia] realiza violações sistemáticas dos direitos humanos da população da Caxemira, disse o comunicado. "A decisão tem repercussões para a paz, a segurança e a estabilidade, particularmente no sul da Ásia.
A disputa pelo território remete a 1947, quando os dois países, hoje potências atômicas, obtiveram suas independências de Londres, e provocou 2 das 3 guerras travadas pelos vizinhos desde então.
A Índia acusa o Paquistão de fomentar grupos separatistas surgidos na região no final dos anos 80, e os conflitos são uma constante. Estima-se que 68 mil pessoas tenham morrido na Caxemira.
Desde 2008 os vizinhos estão com relações congeladas devido aos ataques terroristas a Mumbai, que deixaram 166 mortos. Nova Délhi acusa Islamabad de estar por trás dos ataques, promovidos por radicais islâmicos baseados em território paquistanês.
Já a relação de EUA e Índia incomoda o Paquistão desde 2005, quando os países firmaram acordo de cooperação nuclear civil que reconhece Nova Délhi como potência atômica não signatária do Tratado de Não Proliferação.
Apoio dos EUA
O apoio americano à inclusão da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança foi anunciado na última segunda pelo presidente Barack Obama, durante sua viagem a Nova Délhi.
A iniciativa foi recebida como uma tentativa dos EUA de reforçar as relações bilaterais com um país considerado estratégico pelo seu mercado interno e por representar um contraponto à China.
Diferentemente do Paquistão, a China outra rival da Índia e com um histórico de contenciosos bilaterais encarou o apoio dos Estados Unidos com uma aparente naturalidade.
Na terça-feira, Pequim optou pela diplomacia ao dizer que "valoriza o papel da Índia em assuntos internacionais e entende e apoia a pretensão do país de ter uma participação maior na ONU, além de defender a "reforma razoável e necessária do conselho.
Lula aposta que PIB vai superar expectativas; economistas veem risco de estagflação
Moraes dá 5 dias para PGR analisar defesas de Bolsonaro, Braga Netto e outros 21 acusados
Do churrasco ao mato no café: crise desafia promessa de fartura de Lula
Lula chama Bolsonaro de “covarde” e manda indireta para Elon Musk