Apesar de ter usado promessas mais consistentes do que as apresentadas pelo republicano Mitt Romney na semana passada, o discurso do presidente Barack Obama na convenção democrata pecou em não especificar mais detalhadamente como ele pretende cumprir suas propostas, segundo os principais editoriais da mídia americana. Segundo o jornal novaiorquino "New York Times", a apresentação de Obama foi mais bem-sucedida que a do rival, mas insuficiente para convencer os eleitores.
"Os discursos poderosos de Bill Clinton e o vice-presidente Joe Biden fizeram muito para entusiasmar durante a convenção. No entanto, foi Obama o responsável por defender seu segundo mandato, com um discurso tão cheio de incertezas e riscos quanto o da convenção de 2008", diz o diário.
Na mesma linha, o editorial do "Washington Post" ressaltou que o discurso na convenção partidária não precisa ser uma prestação de contas, mas que o presidente deveria ter explicado melhor como pretende cumprir suas promessas.
"Em seu discurso na convenção de Charlotte, Obama falou sobre temas que o republicano Mitt Romney ignorou ou rejeitou em sua apresentação, como o impacto do aumento do aquecimento global. Ele ofereceu objetivos mais específicos que Romney, muitos deles já definidos por ele. (...) Mas Obama não explicou como ele pretende atingir tais metas ou preparar o país para as questões difíceis que irão surgir".
Glenn Thrush, do "Politico", descreveu as metas apresentadas pelo presidente como "modestas". Segundo ele, que o democrata ofereceu um discurso com grande otimismo e ataques à inexperiência em política internacional de Mitt Romney, mas que não se arriscou em oferecer mais à população americana. Richard Wolf e David Jackson do USA Today foram mais duros, Os analistas disseram que, em vez de propor novas ideias e objetivos, Obama mostrou promessas remodeladas e meios "elusivos" para atingi-las.
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