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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgará novas iniciativas sobre empregos, impostos e moradia no discurso do Estado da União desta terça-feira (24), aproveitando o momento em que ficará em evidência na mídia para defender um segundo mandato.

Na maioria, as propostas de Obama - que se acredita serão apresentadas num discurso de tom claramente populista - certamente encontrarão profunda resistência republicana, limitando qualquer chance de progresso em um Congresso dividido antes da eleição presidencial de 6 de novembro.

Mas a Casa Branca espera que Obama consiga ganhar respaldo suficiente entre os eleitores para ajudar a restaurar a fé em sua liderança na economia num momento em que se defende dos ataques cada vez mais intensos de pré-candidatos republicanos que postulam ser seu adversário em novembro.

Quando falar diante da sessão conjunta do Congresso às 21 horas desta terça-feira (meia-noite no horário de Brasília), Obama deve advogar cortes de impostos para trazer de volta do exterior empregos no setor manufatureiro e expor ideias para ajudar o abalado mercado de hipotecas e incentivar o desenvolvimento de energias alternativas, disseram pessoas familiarizadas com o discurso.

Também é provável que ele novamente peça impostos mais altos para os ricos - apesar da veemente oposição republicana - e fale sobre pressionar mais a China em relação à sua moeda e práticas comerciais.

Se por um lado essas iniciativas não oferecem uma solução rápida para o alto desemprego que ameaça as perspectivas de reeleição de Obama, seu discurso será uma chance de aumentar a pressão sobre um Congresso impopular e assumir o comando do tom da campanha.

Também será uma plataforma de grande visibilidade, de onde Obama pode apontar contrastes com seus adversários republicanos, exibindo-se como defensor da classe média enquanto mostra aqueles como o partido alinhado aos ricos.

"Podemos ir em duas direções", disse Obama em uma prévia em vídeo de seu terceiro discurso do Estado da União. "Uma é rumo a menos oportunidade e menos justiça. Ou podemos lutar por onde acho que devemos ir: erguer uma economia que funciona para todos, não somente para uns poucos abastados".

A Casa Branca espera que o argumento se fortaleça antes mesmo de Obama falar, já que o republicano Mitt Romney - um dos homens mais ricos a concorrer à presidência - divulgou nesta terça-feira sua declaração de impostos, exigida por seus rivais de partido.

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