A China disse a outras potências mundiais nesta quinta-feira que a discussão sobre novas sanções contra o Irã é contraproducente, desferindo um golpe à pressão do Ocidente para frear o programa nuclear de Teerã.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, afirmou durante conferência numa visita à França que a postura de negociação de Teerã estava evoluindo e ele gostaria de ver mais conversas diretas com o Irã.
"Conversar sobre sanções no atual momento complicará a situação e pode atrapalhar o encontro de uma solução diplomática", afirmou Yang.
A França está entre o grupo de potências do Ocidente que busca a aprovação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de um quarto lote de sanções contra o Irã até o fim de março para forçar Teerã a congelar as atividades de enriquecimento de urânio, que podem ter propósitos pacíficos ou militares.
A Rússia, assim como a China, possui extensos laços comerciais com o Irã e ambos os países atuaram para enfraquecer rodadas anteriores de sanções do Conselho de Segurança. Um parlamentar russo, no entanto, disse na quinta-feira que Moscou e as potências ocidentais estão mais perto de chegar a um acordo sobre a necessidade de medidas punitivas de maior alcance.
O Ocidente teme que o Irã queira se capacitar para desenvolver armas nucleares a partir do enriquecimento de urânio. O Irã afirma que a atividade se destina apenas à geração de eletricidade para fins pacíficos, mas tem restringido as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e dificultado as investigações da AIEA sobre a inteligência, indicando que Teerã pesquisou modelos de bombas atômicas.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou na terça-feira que o Irã agora estava pronto a enviar urânio de baixo enriquecimento (LEU) ao exterior, para que seja convertido em combustível especial para abastecer um reator de medicina nuclear de Teerã, que deverá ficar sem combustível ainda este ano.
Anteriormente, Teerã insistia em trocas simultâneas e graduais de pequenas quantias de LEU por combustível para o reator dentro de seu território, em vez de enviar 70 por cento da reserva de uma vez.
Isso frustraria a meta do plano proposto pela ONU de baixar a reserva de LEU do Irã para uma quantidade menor do que a necessária para construir uma bomba atômica, caso ele fosse refinado para uma pureza alta.
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