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A empresa norte-americana Walt Disney decidiu não se pronunciar sobre a exibição de um programa infantil do Hamas, que usava um boneco idêntico ao Mickey Mouse para estimular as crianças a respeitarem os preceitos do Islã, porque seria "inútil", afirmou nesta segunda-feira (21) Robert Iger, diretor-executivo da companhia.

Iger afirmou que ele e outros executivos da empresa consideraram várias possibilidades de como reagir ao programa exibido pela emissora de televisão Al-Aqsa, controlada pelo movimento radical islâmico palestino Hamas, que também procurava doutrinar as crianças contra o Israel e Estados Unidos.

No final, no entanto, ficou decidido que a empresa não se pronunciaria oficialmente sobre o assunto.

"Não nos preocupamos em tentar tirar o programa do ar ou fazer uma declaração a respeito porque isso não teria nenhum efeito", disse Iger durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira.

"Ficamos chocados com o uso do nosso personagem para disseminar tal mensagem. Explorar crianças desse jeito é algo desprezível", afirmou o diretor-executivo.

O programa, intitulado "Os Pioneiros do Amanhã", tinha como protagonista o camundongo Farfur, um boneco quase idêntico ao Mickey Mouse que preconizava a resistência frente a Israel e os Estados Unidos e estimula as crianças a respeitarem os preceitos do Islã.

O programa foi retirado da programação recentemente "para revisão" depois que o ministro palestino de Informação, Mustafa Barghouti, afirmou que havia uma "abordagem errada" no personagem.

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