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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informa o governo israelense em comunicado divulgado neste sábado. A nota diz que Netanyahu afirmou que Israel continuará a adotar ações para atacar as capacidades militares "do Hamas e de outras organizações terroristas que operam na Faixa de Gaza".
O premiê israelense ainda agradeceu Biden "pelo apoio americano ao direito à autodefesa de Israel", diz o comunicado, que não informa o momento exato da conversa entre os líderes.
Segundo a Associated Press, ataques de Israel em Gaza mataram ao menos dez pessoas em um campo de refugiados, a maioria crianças. As forças israelenses foram ainda criticadas pelo governo americano ao atacarem um prédio com escritórios na Cidade de Gaza de veículos de comunicação internacional, como a própria AP e a Al Jazeera.
A Al Jazeera, emissora de televisão do Catar, declarou que vai tomar todas as medidas possíveis para responsabilizar o governo israelense por suas ações. A emissora considera que o ataque foi uma violação em flagrante dos direitos humanos e o classifica como um crime de guerra.
Em nota, a Al Jazeera afirma que condena "nos termos mais veementes o bombardeio e a destruição dos escritórios pelos militares israelenses e vê isso como um ato claro para impedir os jornalistas de cumprirem seu dever sagrado de informar o mundo e relatar os acontecimentos no local".
Biden pede que Hamas pare de lançar foguetes
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também telefonou para o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Segundo nota da Casa Branca, os dois líderes discutiram as tensões atuais em Jerusalém e na Cisjordânia e "compartilharam seu desejo comum de que Jerusalém seja um lugar de coexistência pacífica para povos de todas as fés e origens".
De acordo com o comunicado, Biden deu atualizações a Abbas sobre o envolvimento diplomático americano no conflito atual e "ressaltou a necessidade de o Hamas parar de lançar foguetes contra Israel" - o Hamas controla a Faixa de Gaza. Ambos lamentaram as vítimas do confronto, entre elas civis e especificamente crianças, e Biden reafirmou seu "firme compromisso" com uma solução negociada de dois Estados como o melhor caminho para uma paz duradoura entre israelenses e palestinos.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 140 pessoas da cidade foram mortas, incluindo 39 crianças. Israel, por outro lado, diz que seus ataques mataram mais de 75 militares e que algumas mortes de civis em Gaza foram causadas por foguetes disparados contra Israel, que falharam e caíram em área palestina.
Na noite deste sábado, o Jerusalém Post afirmou que cerca de 300 foguetes voaram em direção a Israel, aproximadamente 40 deles caíram na Faixa de Gaza. Dezenas de outros foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis Iron Dome.
Um homem de 55 anos foi atingido por um foguete disparado de Gaza para Israel que atingiu uma área populosa de Ramat Gan.