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Disputa eleitoral no Peru fica acirrada às vésperas de votação

A “grande batalha” pelos votos está ocorrendo na capital do Peru, que concentra um terço dos eleitores do país | MARTIN BERNETTI/AFP
A “grande batalha” pelos votos está ocorrendo na capital do Peru, que concentra um terço dos eleitores do país (Foto: MARTIN BERNETTI/AFP)

A um dia do segundo turno das eleições peruanas, no domingo, a filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), de 41 anos, que chegou a ter uma vantagem de oito pontos percentuais antes do último debate, foi ultrapassada neste sábado (4) por Pedro Pablo Kuczynski por pouco mais de um ponto porcentual, segundo uma simulação da Ipsos. Kuczynski aparece com 50,4% de votos válidos, enquanto Keiko teria 49,6% das intenções de voto.

“De agora até domingo é difícil saber o que vai acontecer”, disse o diretor-executivo do instituto de pesquisas Ipsos, Alfredo Torres, em entrevista à imprensa estrangeira.

Para ele, os indecisos serão chave para inclinar a balança eleitoral e a “grande batalha” pelos votos está ocorrendo na capital do Peru, que concentra um terço dos eleitores do país.

A disputa parece cada vez mais acirrada. Keiko, que liderava a corrida presidencial, agora estaria em empate técnico com o ex-economista do Banco Mundial, de 77 anos. Durante a última semana, as empresas de pesquisa Datum Internacional, CPI e GfK mostraram um retrocesso de Keiko e um avanço de Kuczynski em simulações de votação. A última realizada entre quarta-feira e quinta-feira pelo GfK, com 1.816 pessoas e com margem de erro de 2,3 pontos percentuais, mostrou um 50,3% da preferência por Keiko, contra 49,7% a favor de Kuczynski.

O levantamento mais recente do Datum — feito entre 31 de maio e 1º de junho — trouxe Keiko com 52,1% dos votos e Kuczynski com 47,9%. Outra simulação do CPI feita nos mesmos dias mostrou Keiko na liderança com 51,6 por cento, ante 48,4 por cento para Kuczynski.

“Estamos chegando ao fim de uma corrida eleitoral à peruana, com incerteza, sem a certeza de quem vai ganhar”, disse o analista político e professor da Universidade Católica de Lima, Fernando Tuesta.

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