A polícia britânica está investigando a tese de que um taxista que atirou e matou 12 pessoas na quarta-feira (3) na região de Cumbria, no norte da Inglaterra, tenha agido motivado por uma disputa familiar. Derrick Bird matou seu irmão gêmeo e o advogado da família, Kevin Commons, depois saiu de sua casa no vilarejo de Rowrah e percorreu as cidades de Whitehaven, Seascale e Egremont em seu Citroen Picasso, escolhendo suas vítimas aparentemente aleatoriamente, até tirar sua própria vida com um tiro.
Os detetives que trabalham no caso estão tentando entender o que fez um taxista de 52 anos cometer o maior massacre da região desde 1996. Uma das hipóteses para o caso do taxista é a de que uma disputa familiar envolvendo uma herança esteja entre as razões do massacre. Mais de cem policiais estão envolvidos nas investigações, que envolvem a coleta de informações em 30 cenas diferentes em que ocorreu o crime.
Na cidade de Whitehaven, o taxista foi descrito por pessoas que o conheciam como um tipo "quieto", "popular" e "divertido". Testemunhas disseram que ele era divorciado, tinha dois filhos e era conhecido pelo simpático apelido de "Birdy".
O primeiro-ministro, David Cameron, planeja visitar a região na nesta sexta-feira. "Precisamos fazer absolutamente tudo para garantir que eventos como este não aconteçam novamente em nosso país", afirmou Cameron. Incidentes deste porte não ocorriam no Reino Unido desde 1996, quando um homem de 44 anos atirou contra crianças em uma escola primária na cidade de Dunblane, na Escócia. Na época, dezesseis crianças entre cinco e seis anos de idade, além de uma professora, foram mortas antes de o atirador, Thomas Hamilton, tirar sua própria vida. O episódio levou a um movimento pela proibição do porte de armas, ocorrido na Inglaterra, Escócia e País de Gales após a eleição do governo trabalhista de Tony Blair, em 1997. As informações são da Associated Press.