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Conflito

Disputa pelas Malvinas vai à ONU

Líderes latinos formalizam criação da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos e apoiam reivindicação argentina pelas Malvinas | Daniel Aguilar/Reuters
Líderes latinos formalizam criação da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos e apoiam reivindicação argentina pelas Malvinas (Foto: Daniel Aguilar/Reuters)
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Veja como aconteceu a Guerra das Malvinas em 1982 |

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Veja como aconteceu a Guerra das Malvinas em 1982

O protesto argentino contra o início de perfuração para exploração de petróleo por uma companhia britânica ao norte das Ilhas Malvinas foi insuflado, on­­tem, por acusações do presidente Lula ao Conselho de Segurança da ONU. Hoje, a reivindicação chega às Nações Unidas. O ministro das Relações Exteriores da Ar­­gentina, Jorge Taiana, deve se reunir com o secretário-ge­­ral da organização, Ban Ki-moon, a quem pretende expor os argumentos do governo Kirchner.

Em Buenos Aires, o vice-chanceler Victorio Taccetti disse a uma rádio local que o Reino Uni­­do terá de negociar para explorar petróleo no local. "Esta situação não vai se complicar. Em algum momento o Reino Unido vai ver que é conveniente negociar com a Argentina", disse.

A Argentina diz que a autorização para a exploração de pe­­tróleo na região viola sua soberania e impôs restrições à navegação no entorno da ilha, en­­quanto o Reino Unido alega que a perfuração não viola o direito internacional. O arquipélago no Atlân­­tico Sul, conhecido em in­­glês como Falk­­lands, está sob controle britânico desde 1833, algo que a Argentina jamais re­­conheceu.

Lula

Em um forte discurso, durante sua intervenção na reunião da Cúpula dos Países Latino-Ame­­ricanos e do Caribe, o presidente Lula condenou, ontem, a ONU e seu Conselho de Segurança por não se posicionarem a favor da soberania argentina. "A nossa atitude é de solidariedade à Ar­­gentina", disse Lula, que indagou "qual é a explicação geográfica, política e econômica da In­­glaterra estar na Malvinas?". E emendou: "Qual é a explicação de as Nações Unidas nunca te­­rem tomado esta decisão? Não é possível que a Argentina não se­­ja dona (das Malvinas) e seja a Inglaterra a 14 mil quilômetros de distância".

Lula questionou se a ONU age desta forma não é justamente porque a Inglaterra é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com poder de veto sobre suas resoluções. Ele voltou a defender uma reformulação do órgão, ampliando sua representatividade.

Sob a liderança de Lula, os paí­­ses da América Latina e do Caribe, reunidos no México, apro­­varam por unanimidade a reivindicação da Argentina.

De acordo com um comunicado da chancelaria argentina, o país "obteve o apoio unânime" à declaração que estabelece os "le­­gítimos direitos" argentinos so­­bre as ilhas Malvinas e sugere que ambos os países "retomem as negociações" sobre a prospecção de hidrocarbonetos na plataforma continental do Atlân­­tico Sul.

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