A diferença entre os dois candidatos que disputam a última vaga para o segundo turno das eleições presidenciais do Peru diminuiu neste domingo, à medida que os votos de peruanos no exterior levam a conservadora Lourdes Flores a encostar no ex-presidente Alan García, de esquerda.
Com 89,5% dos votos da eleição de 9 de abril apurados, o militar da reserva e nacionalista Ollanta Humala, que promete uma política econômica intervencionista, está em primeiro lugar com 30,9% e assegurado no segundo turno de maio ou junho.
Na briga pelo segundo lugar, García tem 24,38% dos votos e Flores, 23,53%, uma diferença de 95.619 votos, de acordo com as autoridades eleitorais. A lei peruana exige um segundo turno entre os dois primeiros colocados, quando nenhum candidato consegue mais de 50% dos votos.
O segundo turno ocorre em um mês, a partir do resultado oficial da primeira votação. No sábado, o partido de García havia retirado uma solicitação para impugnar votos de eleitores residentes em Miami, Madri e Milão. Alegava-se que o partido de Flores fizera campanha irregular no dia da eleição nesses lugares.
Depois, líderes do partido de García se disseram confiantes de que esses votos não tirariam a pequena diferença a favor do seu candidato. García, 56 anos, foi presidente entre 1985 e 90 e deixou o posto em meio à hiperinflação e à violência do Sendero Luminoso.
Analistas estimam que 300 mil pessoas votaram no exterior em 9 de abril, e Flores espera que esses votos a levem para o segundo turno.
Os mercados no Peru estiveram instáveis na semana passada, devido à incerteza nas eleições, mas na quarta-feira a bolsa subiu 4,1%, com os investidores apostando que Humala perderia o segundo turno.
Pesquisas sugerem que Humala enfrentaria uma dura disputa contra García no segundo turno. Se a adversária for Flores, ele seria derrotado, de acordo com os levantamentos.
As autoridades eleitorais não esperam completar a apuração antes do final de abril, por causa da revisão e da contagem de 1,4 milhões de votos com problemas de leitura ou contestados por um dos partidos.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano