Defensores e oponentes da proposta de construir um centro cultural muçulmano e uma mesquita perto do local do World Trade Center geraram manifestações rivais no centro de Manhattan neste domingo (22), mantidas separadas pela polícia e por barricadas.
O debate carregado de emoção, que ganhou importância política nacional nos Estados Unidos, centra-se nos planos de construir o centro a dois quarteirões do local dos ataques de 11 de setembro de 2001 pela Al Qaeda, que mataram quase 3 mil pessoas.
Os republicanos que se opõem ao projeto estão utilizando-o para atacar o presidente Barack Obama antes das eleições parlamentares de novembro, em que o Partido Democrata buscará manter o controle do Congresso.
Os oponentes do centro, que incluiria um espaço para orações, dizem que a localização proposta é insensível e temem que a ação fomente o extremismo religioso. Aqueles que apoiam o plano citam o direito de liberdade religiosa e a necessidade de promover a tolerância e a compreensão.
Centenas de opositores gritavam "Não à Mesquita" neste domingo, cantando músicas patrióticas e empunhando fotos de ataques violentos por extremistas islâmicos.
Uma placa lia: "Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas todos os terroristas foram muçulmanos."
Em outra esquina, os defensores entoavam: "Nós não ligamos para o que os intolerantes dizem, liberdade de religião está aqui para ficar."
Ainda que os protestos tenham sido fervorosos e discussões tenham surgido, não havia relatos de violência ou prisões. Policiais disseram que forças adicionais foram utilizadas, mas não informaram quantas.
Obama e o prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg, disseram apoiar o direito de muçulmanos construírem o centro perto do Ground Zero, enquanto os republicanos, incluindo a ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin, se opõem ao centro.
Outros sugerem que ele seja construído em um lugar menos controverso.
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