O dissidente Chen Guangcheng abandonou a Embaixada dos Estados Unidos em Pequim após permanecer nela durante seis dias, informou nesta quarta-feira (2) o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Liu Weimin.
O porta-voz destacou que a China exige desculpas dos EUA por as autoridades americanas terem permitido a entrada na legação diplomática do advogado cego, que escapou de sua casa em 22 de abril, após passar mais de um ano e meio confinado sob prisão domiciliar.
"Chen Guangcheng, cidadão chinês, entrou na Embaixada dos EUA por métodos irregulares", pelo que as autoridades chinesas "estão gravemente insatisfeitas", disse Liu.
Segundo asseguraram fontes diplomáticas americanas à imprensa local, Chen estaria se dirigindo a um hospital da capital para receber tratamento médico e, possivelmente, encontrar sua família.
Essa é a primeira vez em que o governo chinês admite a passagem de Chen pela Embaixada americana depois de ter fugido de sua casa da província de Shandong graças à ajuda de vários ativistas.
Embora tenha sido confirmada sua presença na embaixada durante seis dias, se desconhece com exatidão quando entrou e quando saiu, apesar de a organização China Aid, com sede nos EUA, ter assegurado em 27 de abril que o advogado já estava "a salvo em Pequim".
A confirmação oficial de que Chen esteve na Embaixada dos EUA acontece no mesmo dia em que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, chegou à capital chinesa para um diálogo estratégico e econômico com as autoridades chinesas.
Fontes do Governo chinês reconheceram nos últimos dias que os direitos humanos estarão na agenda das conversas, enquanto Hillary assegurou que durante a visita analisaria "todos os assuntos que estiverem pendentes", mas sem citar especificamente a situação de Chen. EFE
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