Dissidentes cubanos apresentaram nesta terça-feira (18) um projeto batizado como "Novo País", que traz princípios básicos, como respeito à soberania nacional, à diversidade e ao pluralismo. O grupo pretende coletar assinaturas de apoio e, em seguida, pedirá ao governo reformas econômicas e sociais.
Trata-se de um "convite a todos os cidadãos, para que exponham com reflexão o que querem, que país queremos os cidadãos cubanos porque, infelizmente, isso não coincide com o que o governo quer", disse hoje o historiador dissidente Manuel Cuesta, em conversa com a imprensa. Ele é um dos patrocinadores da iniciativa e também é conhecido como social democrata.
Além dos princípios, o documento conta com uma série de propostas concretas ou aspectos que os dissidentes consideram que devem ser reformados, como pontos da economia. Entre estes temas, nos quais implicam uma menor participação do Estado, estão o direito livre de contratar trabalhadores e a aquisição de terras em caráter permanente.
Os dissidentes disseram que irão levar o documento e as assinaturas à Assembleia do Poder Popular, no último trimestre do ano. Cuesta assegurou que Cuba atravessa uma "nova era política" após uma forte polêmica internacional desatada a respeito do futuro do país, depois da morte de um dissidente em meados de fevereiro.