O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participou da cúpula da UE-Celac| Foto: EFE/EPA/JULIEN WARNAND
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O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, criticou nesta quarta-feira (26) a "severidade" das sanções impostas pelos Estados Unidos com o embargo econômico no país. Segundo ele, as medidas estão entre as principais causas que "limitam o desenvolvimento de Cuba".

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"Enquanto os Estados Unidos mantiverem seu brutal e genocida bloqueio (embargo) e tentarem pisotear a dignidade nacional, teremos um Moncada para atacar", declarou Díaz-Canel durante a comemoração do Dia Nacional da Rebeldia Cubana, na cidade de Santiago de Cuba.

A data recorda os fracassados ​​ataques de 26 de julho de 1953 aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes por um grupo de revolucionários liderados por Fidel Castro e seu irmão Raúl.

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Sete décadas depois dos acontecimentos, fazendo referência ao mesmo quartel Moncada, Díaz-Canel criticou as "agressões imperiais" dos EUA e a "obsessão" com o país caribenho.

O chefe de Estado cubano mencionou na cerimônia, testemunhada também pelo ex-presidente Raúl Castro, que medidas "perversas" como a inclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo retardam o desenvolvimento econômico da ilha.

A comemoração deste ano contou com a presença de cerca de mil pessoas que lotaram a sede do Moncada em Santiago de Cuba.

As movimentações militares de 26 de julho de 1953 são consideradas a primeira ação armada contra a ditadura de Fulgêncio Batista (1952-1959), em uma revolução que triunfaria seis anos depois.

As medidas pretendiam causar uma insurreição popular, mas o fracasso veio em seguida com prisões, torturas e mortes de muitos dos participantes.

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Outros, como os irmãos Castro, foram julgados, condenados e presos, mas receberam anistia dois anos depois, o que lhes permitiu deixar o país e se reorganizar, politicamente.

A ação é lembrada anualmente em Cuba com grandes eventos no principal feriado do país, exceto em 2021, quando foi realizada em formato reduzido devido à pandemia.

Nos últimos dias, e como de costume, os principais meios de comunicação pró-governo ditatorial dedicaram espaços para destacar os acontecimentos de 26 de julho de 1953 e seu significado histórico para o futuro do país nas décadas seguintes.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]