Encontro entre o presidente brasileiro, Lula, e o ditador da China, Xi Jinping, aconteceu na quarta-feira (20)| Foto: EFE/EPA/YESHIEL PANCHIA
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu um presente para lá de exótico do ditador da China, Xi Jinping, durante um jantar no Itamaraty, nesta semana: uma pequena amostra de uma rocha da Lua, recolhida no programa espacial chinês.

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Segundo autoridades presentes, o objeto teria sido colhido pela China no mês de junho, quando o país se tornou o primeiro a explorar a face oculta do satélite.

O encontro oficial entre os dois líderes ocorreu na quarta-feira (20), ocasião na qual houve a cerimônia de troca de presentes. O petista retribuiu o item recebido presenteando Xi com uma cerâmica Marajoara.

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A visita do líder comunista chinês ao Itamaraty foi realizada após a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. Na quarta-feira, Lula e Xi se reuniram a portas fechadas em Brasília, ao lado de diversos ministros.

O encontro diplomático, que contou com honras de Estado ao ditador de Pequim, foi acompanhado por cerca de 200 pessoas e contou com a assinatura de uma série de acordos bilaterais.

Entre os anúncios está a intenção dos dois países em aprofundar o “diálogo” entre o gigante asiático e o Mercosul, a fim de fortalecer o comércio regional.

“Trabalharemos juntos para continuar o diálogo entre o Mercosul e a China”, declarou Lula após uma reunião bilateral em Brasília, na qual também concordaram em "manter a cooperação na ONU" em favor da reforma da governança global.

A possibilidade de negociações comerciais entre a China e o bloco formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai (com a Bolívia em processo final de adesão) vem sendo discutida há algum tempo e é vista até mesmo como uma possível alternativa a um eventual fracasso do acordo que o Mercosul vem buscando, sem sucesso, com a União Europeia (UE) nos últimos 25 anos.

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Até agora, o parceiro do Mercosul que mais enfatizou as negociações com a China foi o Uruguai, que chegou ao ponto de abrir negociações com Pequim por conta própria, apesar de as regras do bloco proibirem isso.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]