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Ditador de Belarus diz que qualquer ataque da Otan contra o país iniciaria 3ª guerra

O presidente bielorrusso Alexander Lukashenko participa de uma reunião do Conselho Estatal Supremo da União da Rússia e Bielorrússia no Kremlin, em Moscou, Rússia, 06 de abril de 2023.
O ditador bielorrusso Alexander Lukashenko participa de reunião do Conselho Estatal Supremo da União da Rússia e Belarus no Kremlin, em abril de 2023 (Foto: EFE/EPA/MIKHAEL KLIMENTYEV/SPUTNIK/KREMLIN)

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O ditador de Belarus, Alexandr Lukashenko, advertiu nesta sexta-feira (27), após a apresentação da nova doutrina nuclear russa, que Moscou recorrerá a armas nucleares se a Otan atacar o território bielorrusso.

"Assim que eles nos atacarem, ou seja, a Otan, os americanos e os poloneses, usaremos armas nucleares. E a Rússia virá em nosso auxílio", disse Lukashenko em um fórum de estudantes, de acordo com a agência de notícias oficial BELTA.

Lukashenko, no poder desde 1994, enfatizou que uma agressão contra Belarus significaria a Terceira Guerra Mundial, acrescentando que a nova doutrina de Moscou confirma isso.

"Dizemos com toda a franqueza que a linha vermelha é a fronteira. Se pisarem nela, a resposta será instantânea. Nós nos preparamos para isso", declarou.

O ditador, que é o principal parceiro de Vladimir Putin na região, reconheceu que, se a Rússia usar armas nucleares, a Otan poderá responder da mesma forma, o que incluiria um ataque contra alvos em território russo.

"É por isso que a Rússia usará todo o seu arsenal. E isso já significaria uma guerra mundial. E o Ocidente não quer isso. Eles não estão prontos para isso", disse.

A inclusão de Belarus, principal aliada de Putin na invasão da Ucrânia, é uma das novas características da doutrina nuclear anunciada pelo líder russo na última quarta-feira.

"Reservamo-nos o direito de usar armas nucleares em caso de agressão contra a Rússia e Belarus como membro da União Estatal. Inclusive se o adversário usar armamento convencional e criar uma ameaça vital à nossa soberania", diz a nova doutrina nuclear.

Putin especificou que esse ponto já havia sido acordado com Lukashenko, a quem ele apoiou fortemente durante os enormes protestos pós-eleitorais em 2020.

A principal mudança, no entanto, é que a Rússia pode responder com armas nucleares, mesmo que o inimigo use armamento convencional, o que também significa um ataque em massa com drones.

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