O ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, 91, acusado de violações sistemáticas dos direitos humanos, foi declarado o ganhador do Prêmio Confúcio da Paz, condecoração chinesa alternativa ao Nobel da Paz.
No poder há 35 anos, Mugabe foi reconhecido, segundo a comissão do prêmio, por injetar “energia nova” na busca pela harmonia mundial.
“Desde que Mugabe jurou como presidente do Zimbábue nos anos 1980, ele tem trabalhado duro para trazer ordem política e econômica para o país e para melhorar o bem-estar do povo zimbabuano ao superar as dificuldades”, disse a comissão em comunicado.
A comissão também parabenizou o ditador pela seu mandato como presidente da União Africana, iniciado em janeiro de 2015.
A láurea provocou indignação entre grupos de defesa dos direitos humanos e de oposição no país africano.
Um dos heróis da independência, Mugabe ganhou proeminência na guerrilha contra o domínio britânico sobre o país, então chamado de Rodésia, nos anos 1960. Ele assumiu o poder em 1980, a princípio como primeiro-ministro, e desde 1987 como presidente. Ele cumpre atualmente seu sétimo mandato consecutivo.
Mugabe é o quinto líder mundial há mais tempo no poder atualmente. A ONG Transparência Internacional coloca o país em 163º lugar, de um total de 176, no ranking de percepção da corrupção (quanto melhor a posição, menor é a percepção da corrupção no país).
O Prêmio Confúcio da Paz foi criado em reação à concessão do Nobel da Paz para o dissidente chinês e ativista de direitos humanos Liu Xiaobo, atualmente preso na China, em 2010. Ele já foi entregue a Fidel Castro e Vladimir Putin em anos anteriores.
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