O ditador sírio, Bashar al Assad, visitou nesta terça-feira (2) a cidade de Aleppo, a maior do país, atualmente o principal palco dos confrontos entre forças oficiais e rebeldes que já duram mais de 18 meses, e ordenou que mais 30 mil homens sejam enviados para a região.

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De acordo com a oposição síria, o confronto já matou cerca de 30 mil pessoas. O número de refugiados, nas estimativas da Acnur (agência da ONU para refugiados), triplicou nos últimos três meses, superando os 300 mil, e pode dobrar até o fim do ano.

De acordo com informação do jornal libanês "Al Diyar", pró-Assad, o ditador deixou o palácio presidencial de Damasco com direção a Aleppo de helicóptero, ao amanhecer. O jornal não disse quando aconteceu a viagem, mas disse que Assad ainda estava em Aleppo. A visita foi feita depois de relatos de que a situação na cidade havia ficado muito séria.

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"O presidente Assad ordenou que as unidades 5 e 6, estimadas em 30 mil soldados e 2 mil carregadores, se desloquem de Hama para Aleppo e ataquem quaisquer áreas ocupadas de Aleppo a partir da fronteira com a Turquia", disse o jornal.

Não há confirmação independente da informação porque a Síria dificulta o trabalho de jornalistas estrangeiros. Na mídia síria, a visita não foi reportada. À agência de notícias Reuters, um funcionário do jornal libanês disse ter enviado um correspondente a Aleppo.

Rebeldes realizam nesta semana uma nova ofensiva para conquistar a cidade, que até julho passado estava sob o controle de Assad. Eles dizem deter a maior parte da Cidade Velha, mas têm de lutar para manter as posições. As forças rebeldes estão no leste, e as forças de Assad, no oeste.

Incêndios iniciados nos confrontos destruíram o mercado histórico na Cidade Velha, considerado patrimônio mundial da humanidade pela Unesco (agência da ONU).O mediador internacional Lakhdar Brahimi retorna à região nesta semana para tentar obter uma suspensão dos bombardeios por parte das forças de Damasco.

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