Com vitória confirmada nas urnas, Vladimir Putin garantiu sua permanência no poder da Rússia até 2030, em uma votação que durou três dias - entre sexta-feira (15) e este domingo (17) - e o tornou o segundo líder mais longevo do país, desde a monarquia, depois do ditador Josef Stálin (1924-1953).
As eleições de fachada, cujos resultados já eram esperados, visto que os opositores foram mortos ou presos, foram bastante comemoradas por ditaduras aliadas ao chefe do Kremlin.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, parabenizou ainda neste domingo (17) Putin pela reeleição para um quinto mandato na Rússia e destacou a aliança entre os dois regimes.
Em um comunicado, o líder supremo de Caracas parabenizou o homólogo russo e seu "movimento político" pelo "triunfo esmagador". Também afirmou na nota que o povo "reconheceu o profundo compromisso com a democracia" por parte da atual administração de Moscou, algo que não é observado em um país que elimina toda a oposição para se manter no poder.
"O povo e o governo russos, com audácia e sabedoria, conseguiram superar os ataques multidimensionais que a Rússia sofreu nos últimos tempos e continuarão a fazê-lo com a determinação e o ímpeto que os caracterizaram ao longo de sua memorável história", diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
Maduro também ratificou "sua vontade inabalável de continuar trabalhando de perto na aliança estratégica abrangente (com Moscou) para avançar na cooperação mutuamente benéfica".
Outra ditadura que comemorou a vitória do líder russo foi a de Cuba, conduzida por Miguel Díaz-Canel. Ele também parabenizou Putin pela reeleição e relacionou o resultado eleitoral como reconhecimento do povo pela boa gestão do país. "Nossa sincera parabenização pela reeleição do 'presidente' Vladimir Putin. É um sinal irrefutável do reconhecimento do povo russo à sua administração", disse o líder cubano na rede social X, enquanto seu próprio regime enfrenta protestos massivos de cubanos contra a atual crise na ilha.
Díaz-Canel afirmou que "os laços entre Cuba e Rússia continuarão a ser fortalecidos em setores identificados para o bem-estar de nossos povos".
A China, controlada por Xi Jinping, enviou nesta segunda-feira (18) um telegrama de felicitações ao seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, pela vitória nas eleições, e garantiu que Pequim atribui “grande importância” ao desenvolvimento das suas relações com Moscou.
Segundo o ditador chinês, as eleições, nas quais as autoridades não permitiram a participação de nenhuma alternativa de peso, segundo denuncia a oposição, “refletem plenamente o apoio da Rússia a Putin”.
"Nos últimos anos, o povo russo uniu-se, superou desafios e fez progressos no sentido do seu desenvolvimento e revitalização nacional", declarou Xi em um comunicado divulgado pela agência oficial Xinhua.
O líder do regime chinês acrescentou que a Rússia “sem dúvida somará mais conquistas sob a liderança de Putin”.
"A China atribui grande importância às nossas relações e estamos dispostos a manter uma comunicação estreita com Moscou para promover o desenvolvimento sustentado, sólido, estável e profundo da nossa associação estratégica para o benefício dos dois povos", destacou.
Mais cedo nesta segunda, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, transmitiu felicitações ao político russo em uma coletiva de imprensa e manifestou sua convicção de que as relações entre a China e a Rússia continuarão a desenvolver-se sob a liderança de Putin e Xi.
“A China e a Rússia são os maiores vizinhos um do outro e também parceiros estratégicos”, disse Lin.
Mais tarde nesta segunda, o líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, enviou uma mensagem de felicitações ao homólogo da Rússia por sua vitória. Em uma breve nota, a agência estatal de Pyongyang KCNA afirmou que Kim “felicitou Vladimir Vladimirovich Putin pela sua reeleição para a presidência da Federação Russa”.
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