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Perseguição à Igreja

Ditadura da Nicarágua proíbe 4,8 mil procissões da Quaresma e da Semana Santa

Igreja em Masaya, no oeste da Nicarágua: sem alternativa, muitas paróquias estão realizando procissões intramuros e/ou outras atividades religiosas, como rezar o terço (Foto: EFE/STR)

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A advogada Marta Patrícia Molina, que investiga a repressão contra os cristãos na Nicarágua, afirmou que a ditadura de Daniel Ortega já proibiu 4,8 mil procissões da Quaresma e da Semana Santa deste ano.

Em post no Facebook, a advogada detalhou que este número abrange as procissões tradicionais das quatro sextas-feiras da Quaresma, do Domingo de Ramos e da Semana Santa.

Ela também relatou que não serão realizadas as procissões de Via Sacra da Arquidiocese de Manágua, capital da Nicarágua.

Segundo Molina, essa repressão está obrigando a grande maioria das paróquias a realizar procissões “intramuros” e/ou outras atividades religiosas, como rezar o terço ou acender velas para imagens.

“Algumas procissões foram permitidas, mas [apenas] no quarteirão onde está localizado o templo, mas no último minuto aparece um agente da Polícia Nacional e este ordena para que [os fiéis] não saiam, sob ameaça de serem presos”, disse a advogada.

“Tudo o que foi dito acima mostra que a fase da Noite dos Cristais [referência ao pogrom contra judeus ocorrido na noite de 9 a 10 de novembro de 1938 na Alemanha nazista] cometida pela ditadura contra a Igreja Católica não cessou”, escreveu Molina.

A ditadura da Nicarágua persegue os cristãos, com prisões, expulsões do país, restrições de atividades e confisco de propriedades, porque estes ajudaram manifestantes reprimidos pelo regime sandinista durante os protestos de 2018. Além disso, religiosos como o bispo Rolando Álvarez defenderam a volta da democracia ao país centro-americano.

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