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Rolando Álvarez

Ditadura da Nicarágua volta a divulgar imagens de bispo preso

Em fotos e vídeo de supostas visitas de familiares e de um atendimento médico na penitenciária Modelo, Rolando Álvarez está visivelmente mais magro e abatido (Foto: Reprodução/Governo da Nicarágua)

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A ditadura da Nicarágua voltou a divulgar fotografias e um vídeo para provar que o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, está vivo.

Os registros são de supostas visitas de familiares e de um atendimento médico na penitenciária Modelo, onde o religioso está preso numa cela de segurança máxima desde fevereiro, quando foi condenado a mais de 26 anos de prisão por “traição à pátria” e outras acusações.

“Como se pode verificar no vídeo e nas fotografias, as condições de reclusão são adequadas e o regime de consultas médicas, visitas familiares e recepção de encomendas é rigorosamente cumprido, ao contrário do que campanhas caluniosas querem fazer crer”, afirmou a ditadura nicaraguense em comunicado.

Entretanto, o jornal Confidencial destacou a incoerência de que as imagens mostram Álvarez num salão “perfeitamente decorado” e com fartura de alimentos, embora na verdade o bispo seja mantido preso numa cela de segurança máxima. Nas fotos e no vídeo, ele está visivelmente mais magro e abatido.

No X, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Manágua, Silvio José Báez, criticou a divulgação das imagens e pediu a libertação de Álvarez.

“Que a ditadura não acredite que com o seu linguajar cínico e com fotos e vídeos de autenticidade duvidosa vão justificar o seu crime e nos silenciar. Dom Rolando Álvarez é inocente e continuaremos gritando esta injustiça perante o mundo. Ele deve ser libertado imediatamente e sem condições!”, escreveu.

O bispo foi condenado em fevereiro a 26 anos e quatro meses de prisão por “traição à pátria” e outras acusações, perdeu a cidadania nicaraguense e foi transferido da prisão domiciliar para o sistema penitenciário, após se recusar a ser expulso ao território dos Estados Unidos.

Álvarez foi perseguido pela ditadura sandinista porque defendeu a necessidade de democracia na Nicarágua e porque denunciou os ataques do regime de Ortega à Igreja Católica.

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