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O regime cubano, liderado pelo ditador Miguel Díaz-Canel, manifestou seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após Israel tê-lo declarado como "persona non grata" por comparar a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza com o Holocausto.
“Toda nossa solidariedade vai para o nosso querido irmão Lula, presidente do Brasil, declarado persona non grata em Israel por sua denúncia sincera do extermínio da população palestina em Gaza”, escreveu o líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel, na rede social X.
“Aplaudimos e admiramos sua bravura. Estará sempre do lado certo da história”, acrescentou o ditador da ilha em sua mensagem.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, também declarou seu apoio e solidariedade a Lula “na incansável denúncia do genocídio, extermínio e apartheid sofrido pelo povo palestino em Gaza pelas mãos das forças israelenses”.
Nesta terça-feira (20), o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, exigiu que Lula pedisse desculpas a “milhões de judeus em todo o mundo” por ousar comparar a guerra no Oriente Médio com o Holocausto.
Antes, na segunda-feira (19), havia convocado o embaixador brasileiro em Jerusalém, Frederico Meyer, para informá-lo de que o governo de Israel decidiu declarar Lula “persona non grata” até que se retratasse e pedisse perdão.
Por sua vez, o governo brasileiro qualificou de “absurda” e “inaceitável” a reação israelense às declarações de Lula, que já tinha utilizado a palavra “genocídio” em outras ocasiões para descrever a ofensiva israelense.
O petista recebeu ainda apoio de outros governos de esquerda da América Latina. O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou durante seu programa de TV “Con Maduro +” que Adolf Hitler foi “um monstro criado pelas elites ocidentais”.
“O que estão fazendo, como disse o presidente Lula da Silva na reunião da União Africana, o que estão fazendo a partir do governo israelense é a mesma coisa que Hitler fez contra o povo judeu”, afirmou o líder chavista.
Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, utilizou suas redes sociais para apoiar seu homólogo brasileiro. Na publicação, o esquerdista expressou sua “solidariedade integral” a Lula e afirmou que o mandatário do Brasil “só falou a verdade” ao “denunciar” o que chamou de “genocídio” e comparar a ofensiva das forças armadas israelenses em Gaza com o Holocausto.
O presidente da Bolívia, Luis Arce, manifestou “solidariedade” a Lula por ter sido declarado “persona non grata” por Israel.
"Do Estado Plurinacional da Bolívia, expressamos toda a nossa solidariedade e apoio ao nosso irmão presidente do Brasil, Lula, declarado 'persona non grata' em Israel por dizer a verdade sobre o genocídio cometido contra o bravo povo palestino. A história não perdoará aqueles que são indiferentes a essa barbárie”, disse Arce.