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Ditadura de Maduro prende líder opositor apoiador de Maria Corina: 154 já foram detidos
A líder antichavista María Corina Machado| Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez ARQUIVO

A prisão de Eduardo Labrador, deputado do Conselho Legislativo do estado de Zulia, foi denunciada nesta sexta-feira (18) pela oposição venezuelana. Labrador, que já integrou as fileiras do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) até 2019, foi detido por agentes da polícia estadual na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, quando tentava visitar sua filha em Cartagena das Índias.

Segundo o Infobae e o Epoch Times, a prisão de Labrador não foi acompanhada de uma acusação formal divulgada publicamente, o que gera preocupação entre seus familiares e aliados. A família teme que ele tenha sido transferido para Caracas, e seus apoiadores denunciam que o caso está inserido em uma campanha mais ampla de repressão política contra a oposição.

A oposição, especialmente o partido Vente Venezuela - liderado por María Corina Machado - e figuras como Henrique Capriles, condenou a prisão. Capriles afirmou em suas redes sociais: “Condenamos a inconstitucional e ilegal detenção de Eduardo Labrador, deputado do Conselho Legislativo de Zulia e professor ativo de LUZ”. Ele ainda destacou que “segue a perseguição e o assédio judicial em Zulia, o uso de instituições para atropelar e tentar calar as vozes democráticas que adversam ao PSUV”. Capriles finalizou com um apelo enfático: “Basta de BARBARIE!”.

O partido Vente Venezuela, por meio de seu Comitê de Direitos Humanos, exigiu a libertação imediata de Labrador e pediu o fim da perseguição política.

“Exigimos o fim da perseguição política e sua liberdade imediata”, escreveu o partido nas redes sociais.

O Infobae apontou que o partido liderado por Corina Machado pediu que organismos internacionais documentassem o caso como mais uma evidência dos crimes cometidos pelo regime de Nicolás Maduro.

A prisão de Labrador ocorre em meio a uma série de detenções de opositores políticos. Desde o início de 2024, mais de 150 dirigentes antichavistas foram presos por seu envolvimento com a oposição, especialmente em torno das eleições presidenciais de julho, marcadas por acusações de fraude.

De acordo com o Epoch Times, o partido Vente Venezuela relatou que há atualmente 154 políticos opositores detidos no país. Fora da esfera política, mais de 2,4 mil civis foram presos sob acusações de dissidência, com o regime frequentemente classificando esses cidadãos como “terroristas” que estariam buscando desestabilizar a Venezuela.

Outro nome de destaque é Rafael Ramírez, prefeito de Maracaibo, também no estado de Zulia, que foi preso no início de outubro por supostos crimes de corrupção. O Ministério Público alega que sua detenção foi justificada por “suficientes elementos de convicção e provas”, relacionadas a irregularidades na prefeitura. No entanto, a oposição contesta essa versão, afirmando que a prisão de Ramírez é uma represália política, como observado pelo Infobae e pelo Epoch Times.

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