A ditadura da Nicarágua chegou à marca de nove padres ou bispos da Igreja Católica presos este ano.
Segundo mensagem postada no Twitter pelo padre Uriel Vallejos, que deixou recentemente o país centro-americano após ficar retido na paróquia Divina Misericórdia de Sébaco, na quinta-feira (13) o regime sandinista deteve Enrique Martínez Gamboa, pároco da paróquia Santa Martha, de Manágua, capital nicaraguense. O paradeiro do padre é desconhecido.
“Os sacerdotes e a Igreja Católica exigem sua libertação e o fim da perseguição contra a Igreja e o clero. Justiça, liberdade e democracia!”, escreveu Vallejos. O padre acrescentou à postagem um vídeo de 2018, em que Martínez Gamboa discursa em frente à Universidade Jesuíta Centro-Americana após um protesto por democracia que foi violentamente reprimido pelo regime de Daniel Ortega.
“Vivam as mães daqueles que caíram em 19 de abril [de 2018]!”, afirma o sacerdote no vídeo. “Vivam os médicos, os jornalistas decentes!”
Bispos e padres apoiaram manifestações que pediram a saída de Ortega em 2018, protestos que foram reprimidos com extrema violência, resultando em mais de 300 mortes.
Neste ano, o ditador intensificou a perseguição à Igreja, ao prender padres e bispos (como Rolando Álvarez, crítico da ditadura sandinista e que pede democracia na Nicarágua), expulsar freiras missionárias do país e fechar emissoras de rádio e TV católicas.
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