Exames de DNA mostram que a pessoa executada em um cerco militar promovido na semana passada na Indonésia era um florista, e não Noordin Muhammad Top, o extremista islâmico mais procurado do país, acusado de ser o mentor intelectual de uma série de atentados nos quais dezenas de pessoas morreram, admitiu a polícia local nesta quarta-feira (12).
Nos exames foram comparadas amostras genéticas extraídas do corpo do suposto extremista morto pelas forças locais de segurança com o DNA de familiares de Noordin Top, disse Eddy Saparwoko, diretor da unidade de identificação de vítimas da Polícia Nacional indonésia.
Descobriu-se então que o corpo era de um florista que conhecia Noordin Top e supostamente integrava a célula extremista que no mês passado promoveu ataques suicidas contra dois hotéis de Jacarta.
Nascido na Malásia, Noordin Top é acusado de orquestrar mortíferos atentados financiados pela rede extremista Al-Qaeda na Indonésia ao longo dos últimos anos.
A mídia indonésia afirmava que o extremista havia sido morto no cerco militar de sábado na região central de Java.
Mas Saparwoko identificou a pessoa morta no cerco como Ibrohim, um florista que trabalhava para uma rede de lojas de flores que tinha entre seus clientes os hotéis J. W. Marriott e Ritz-Carlton de Jacarta, atacados em 17 de julho e nos quais sete pessoas morreram.
Nanan Sukarna, porta-voz da Polícia Nacional, assegura que Ibrohim conhecia Noordin Top e ajudou a "planejar e a arranjar" os atentados.
Ibrohim, pai de quatro filhos, começou a trabalhar em hotéis de luxo de Jacarta em 2002, após obter "uma posição importante na rede de Noordin M. Top", disse Sukarna. Em 2005, segundo o prota-voz, ela passou a trabalhar para a empresa Cynthia Florist, que opera duas lojas nas redes de hotéis norte-americanos.
As informações são da Associated Press.
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