A organização conservadora americana Ação dos Americanos pela Prosperidade (AFP, da sigla em inglês), liderada pelo bilionário Charles Koch, decidiu cortar os investimentos na campanha da republicana Nikki Haley, que sofreu seguidas derrotas nas primárias contra o ex-presidente Donald Trump, sendo a mais recente na Carolina do Sul, onde ela já foi governadora.
Por meio de um comunicado, a AFP afirmou que, a partir de agora, concentrará seus recursos na Câmara e no Senado americano. “Dado os desafios que temos pela frente nos estados das primárias, não acreditamos que qualquer grupo externo possa fazer uma diferença significativa para ampliar seu caminho para a vitória", disse Emily Seidel, assessora da organização. "E assim, embora continuemos a apoiá-la, concentraremos nossos recursos onde podemos fazer a diferença. Seja no Senado ou na Câmara dos EUA", acrescentou.
Apesar das derrotas para Trump, Haley garantiu que continuará na disputa das primárias, ao menos até a Super Terça, na próxima semana, quando mais de uma dúzia de estados votarão.
Segundo informações da Comissão Eleitoral Federal, a Ação dos Americanos pela Prosperidade já gastou mais de US$ 32 milhões (quase R$ 160 milhões) em apoio a Haley, desde novembro do ano passado, sendo a maior parte desse valor dedicada à publicidade digital e à campanha eleitoral.
Os últimos resultados da Carolina do Sul garantiram 47 delegados a Trump e apenas três a Haley, de modo que até agora a diferença entre eles é de 110 delegados contra 20.
Após o fracasso em seu estado natal, a adversária de Trump na legenda republicana pediu aos seus apoiadores mais recursos para financiar sua campanha até o decisivo dia 5 de março, a "Super Terça", quando mais de 800 delegados do partido serão decididos.
"Você pode enviar uma doação generosa para me ajudar a pagar por esse próximo trecho crítico?", diz a mensagem, insistindo que continua vendo "frustração" no estado e em todo o país, e que os Estados Unidos "quebrarão se forem feitas as escolhas erradas".
Agora que a candidatura de Haley é quase simbólica, todas as atenções estão voltadas para quem será o companheiro de chapa de Trump, aquele que será chamado para ser vice-presidente se o magnata vencer a eleição presidencial em novembro.
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