Rainha Elizabeth II e príncipe Philip durante evento em junho| Foto: Matthew Childs/REUTERS

Após a polêmica foto da rainha Elizabeth II, então com 6 anos, fazendo a saudação nazista na década de 1930, divulgada pelo tabloide “The Sun”, os holofotes, agora, estão voltados para outro integrante da monarquia: seu marido, o príncipe Philip. Quatro irmãs do duque de Edimburgo tiveram ligações com altos dirigentes do regime nazista, de acordo com um documentário a ser exibido no próximo dia 30, na Inglaterra.

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Segundo o programa “Prince Philip: The Plot To Make A King” (“Complô para fazer um rei”), três das quatro irmãs de Philip — Margarita, Cecile e Sophie — se casaram com aristocratas alemães que se tornaram figuras de destaque do Partido Nazista.

Mas era Sophie a principal defensora do regime. Ela foi fotografada, em 1935, jantando com Hitler no casamento de Hermann Goering, o comandante da Luftwaffe.

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Sophie, que chegou a dizer que Hitler era “um homem charmoso e modesto”, passou a elogiar seus planos para a Alemanha. ela era casada com o príncipe Christoph von Hessen, um coronel da SS, com cargo no Ministério da Força Aérea.

Em uma cena polêmica do documentário, Philip, então com 16 anos, é recebido no funeral de Cecile, em 1937, com o grito de saudação nazista “Heil”.

Descendente da família real grega, mas com sangue aristocrata alemão por parte de mãe, Philip se distanciou das irmãs e lutou pela Marinha britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Na época de seu casamento com Elizabeth, então princesa, seu passado gerou suspeitas no Palácio de Buckingham, mas foram superadas. Nenhuma delas foi convidada para o casamento, em 1947.

Após a divulgação das imagens pelo “The Sun”, a monarquia passou a enfrentar, também, pressão de historiadores e políticos que pedem a abertura de documentos da família real. Segundo eles, a liberação de outros materiais ajudaria a fornecer um contexto histórico da ligação de integrantes da família e do regime nazista antes da Segunda Guerra Mundial. embora não seja novo, o assunto vem à tona, portanto, em momento inoportuno.

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O duque de Edimburgo rompeu o silêncio sobre as ligações de sua família com o nazismo em 2006. Em entrevista para o livro “Royals and the Reich”, ele disse que, como muitos alemães, a família considerou atraente as primeiras tentativas de Hitler para restaurar o poder do país, mas que nunca soube de alguém expressando ideias antissemitas.

“Havia uma melhora em coisas como trens funcionando no horário e construções”, disse na época. “Havia uma sensação de esperança após o caos depressivo na República de Weimar. Eu posso entender que as pessoas se agarrem a algo ou alguém que parecia apelar a seu patriotismo e fazer as coisas funcionarem. Dá para entender porque era atraente.”