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repressão

Documentarista brasileira é detida por 30 horas e deportada da Nicarágua

Emilia Mello participou de uma marcha apelidada de "Nicarágua unida nunca será derrotada" em Granada, Nicarágua, em 25 de agosto | INTI OCON/AFP
Emilia Mello participou de uma marcha apelidada de "Nicarágua unida nunca será derrotada" em Granada, Nicarágua, em 25 de agosto (Foto: INTI OCON/AFP)

Uma documentarista brasileira foi deportada da Nicarágua após ser presa enquanto ia para um protesto na cidade de Granada.

Emilia Mello foi detida no sábado (25) junto com cerca de 20 estudantes que iam para uma manifestação contra o ditador Daniel Ortega.

À reportagem, ela confirmou que foi deportada após ficar mais de 30 horas em detenção e contou que estava na Cidade do México no momento do contato, realizado na madrugada desta segunda (27).

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Em sua conta no Twitter, o secretário executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Abrão, informou que Emilia não foi liberada junto com os demais presos, mas que foi levada do centro de detenção ao Departamento de Migrações para ser expulsa do país no dia seguinte.

Abrão informou que ela tem nacionalidade brasileira e americana. 

A CUDJ (Coordenadoria Universitária pela Democracia e Justiça), organização universitária de oposição a Ortega, divulgou a prisão de Emilia e de outros dois documentaristas nicaraguenses, além dos estudantes. 

Segundo o movimento, eles iam para a Marcha Nacional em Granada quando foram detidos. "O tempo todo estivemos rodeados de agentes fortemente armados que zombavam de nós, tiravam fotos e nos intimidavam", relatou a CUDJ em sua conta no Twitter. 

De acordo com a postagem, uma das detidas sofreu um ataque de epilepsia e outra, uma crise de asma, mas a polícia não prestou atendimento.

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Nas redes sociais, Emilia se identifica como documentarista freelancer.

O Itamaraty afirma que acompanha o caso e presta assistência à brasileira. Não foi informado se ela já foi deportada e onde está no momento. 

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