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WASHINGTON - Um documento da Casa Branca revela que executivos da indústria do petróleo reuniram-se em 2001 com a força-tarefa de energia formulada pelo vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, diz a edição desta quarta-feira do jornal "The Washington Post". A força-tarefa é acusada de ter secretamente formulado uma política energética favorável para a indústria.

O documento, que o jornal obteve nesta semana, mostra que altos representantes de quatro grande empresas de petróleo encontraram-se com assessores de Cheney no complexo da Casa Branca, enquanto estes formulavam a política energética do governo de George W. Bush, ainda em seu primeiro ano de mandato.

O jornal afirma que o documento mostra que representantes da Exxon Mobil, da Conoco, da Shell e da BP America estiveram com os assessores de Cheney.

A Casa Branca recusou-se a divulgar informações sobre a força-tarefa.

A porta-voz de Cheney, Lea Anne McBride, não teceu comentários sobre o documento, mas disse ao jornal que a Justiça reserva ao presidente e seu vice "o direito constitucional de obter informações em caráter confidencial".

O grupo ambientalista Sierra Club e a ONG Judicial Watch entraram, sem sucesso, com processos na Justiça para descobrir os nomes e cargos dos membros da força-tarefa e para descobrir seus contatos com executivos da indústria. Eles dizem que Cheney, ex-presidente da empresa de energia e construção Halliburton, esboçou a nova política favorável à indústria, consultando executivos de empresas.

A política de energia elaborada pela força-tarefa pedia mais exploração de petróleo e gás e avivou o programa nuclear.

Segundo o 'Washington Post', uma pessoa próxima da força-tarefa disse que o documento obtido pelo jornal era baseado em registros mantidos pelo Serviço Secreto. A fonte pediu anonimato, temendo represálias. Essa pessoa também disse que Cheney reuniu-se separadamente com John Browne, presidente da BP. A reunião não é citada no documento.

Durante uma audiência do Senado na semana passada, executivos das maiores empresas de petróleo negaram que suas empresas tenham participado da força-tarefa ou disseram que não tinham conhecimento.

A Chevron não é mencionada no documento da Casa Branca, mas o Escritório de Prestação de Contas do Governo descobriu que a empresa é uma entre várias que deram recomendações à força-tarefa, segundo o jornal.

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