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Documentos capturados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) em Gaza revelaram planos do grupo terrorista Hamas para construir uma base operacional "secreta" na Turquia.
A informação sobre os documentos foi divulgada na segunda-feira (13) pelo o jornal britânico The Times. O jornal afirma ter tido acesso a tais documentos e destaca que, além da Turquia, o Hamas também visava criar células terroristas em diversos outros países para coordenar ataques contra alvos israelenses e nações que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Segundo o The Times, os documentos foram intitulados de “Fundação de uma base na Turquia”. Eles foram encontrados pelas FDI na casa de Hamza Abu Shanab, chefe do Estado-Maior de Yahya Sinwar, o líder do Hamas em Gaza.
Segundo o plano do Hamas exposto nos documentos, a base na Turquia serviria como um “centro de operações especiais”, que seria “capaz de realizar operações de inteligência e militares no futuro". O texto exposto também menciona a intenção dos terroristas palestinos de realizar assassinatos de “oficiais e comandantes do Mossad”, o serviço de inteligência de Israel, e de “israelenses influentes”. Além disso, haviam planos para “sabotagem de navios israelenses” e “sequestros” de mais pessoas.
Apesar das declarações públicas de apoio do presidente turco Recep Tayyip Erdogan ao Hamas, fontes de inteligência do Ocidente acreditam que ele se opõe à transformação da Turquia em uma base para atividades terroristas do grupo palestino. Erdogan, que já classificou o Hamas como um “grupo de libertação”, enfrentou críticas por suas reuniões em abril líderes políticos do Hamas, como Ismail Haniyeh, em Istambul e por permitir que supostamente o grupo terrorista mantenha escritórios na cidade.
As revelações das FDI surgem em um momento de tensão crescente, onde Erdogan vem intensificando suas críticas contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O líder turco acusou Netanyahu de empregar “métodos genocidas” comparáveis aos de Hitler em Gaza. Ele também já pediu pelo reconhecimento internacional de um Estado palestino.