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Três cientistas foram agraciados com o Prêmio Nobel de Física por seu estudo sobre a ótica, informou nesta terça-feira a Academia Real Sueca de Ciências. O americano Roy Glauber ficará com metade das 10 milhões de coroas (US$ 1,29 milhão) e o americano John Hall e o alemão Theodor Haensch dividirão a outra metade.

Como ocorre com as ondas de rádio, a luz também é uma forma de radiação eletromagnética - como descreveu o cientista James Clerk Maxwell em 1850 - e objeto de estudo dos laureados este ano. A teoria de Maxwell abriu caminho para o surgimento da tecnologia moderna de comunicação, sendo usada em aparelhos transmissores e receptores, como celulares, televisão e rádio.

Para que um aparelho desses registre a luz, deve ser capaz de absorver a radiação de energia e repassar o sinal. Essa energia se manifesta em pacotes, chamados quanta.

Glauber, de 80 anos, professor de Física da Universidade de Harvard, nos EUA, foi agraciado com o prêmio por sua descrição teórica do comportamento das partículas de luz. Em 1963, o cientista, nascido em Nova York, desenvolveu um estudo que serviu de base para o surgimento da ótica quântica.

Ele conseguiu explicar as diferenças fundamentais entre as fontes quentes de luz, como as lâmpadas elétricas, através do uso de uma mistura de freqüências e fases, e lasers, que fornecem uma freqüência e fase específicas.

Hall e Haensch foram premiados pela contribuição para o "desenvolvimento da espectroscopia de precisão à base de laser", o que permite determinar a cor da luz do átomo e das moléculas com extrema precisão. Seu trabalho permite medir freqüências com precisão de até 15 dígitos.

Com, isso lasers de cores extremamente definidas podem ser elaborados e com a técnica também poderá ser construído aparelhos capazes de uma leitura mais apurada da luz em todas as cores. Isso abre caminho para a criação de aparelhos como relógios mais precisos ou tecnologia de monitoramento GPS mais avançada. Também poderão ser realizados estudos, por exemplo, sobre a estabilidade das constantes da natureza com relação ao tempo.

Com 71 anos, Hall, nascido em Denver, é catedrático do National Institute of Standards and Technology, da Universidade de Colorado, nos EUA.

O alemão Haensch, de 63 anos e nascido em Heidelberg, é diretor do Instituto Max-Planck de Ótica Quântica de Garching e catedrático de Física na Universidade Ludwig-Maximilian, de Munique.

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