Ingrid Betancourt com a filha, Melanie, em Bogotá: dois anos de liberdade| Foto: John Vizcaino/Reuters

Atentado

Uribe cobra ação policial contra a violência

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, classificou como muito grave o ataque realizado na madrugada de ontem em uma discoteca da região metropolitana de Medellín, que deixou pelo menos sete mortos e seis feridos.

"O fenômeno criminoso do narcotráfico segue com enorme capacidade de fazer dano. Temos de fazer mais no governo, nas Forças Armadas e na Justiça", afirmou Uribe, que deixará o governo colombiano em 7 de agosto.

Segundo as primeiras investigações, vários homens armados dispararam indiscriminadamente contra as pessoas que estavam na discoteca Guanteros, no município de Envigado. A polícia presume que o ataque esteja relacionado com disputas entre grupos de narcotraficantes.

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A ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Ingrid Betancourt, pediu à guerrilha marxista para mudar "de rumo" e libertar as pessoas que mantém sequestradas na Colômbia. A manifestação foi feita ao lado de outros ex-reféns durante a comemoração do segundo aniversário da operação militar que os resgatou.

Em 2 de junho de 2008, uma ação do Exército na selva permitiu resgatar Betancourt – ex-candidata presidencial em 2002 –, três americanos que trabalhavam para o Departamento de Es­­tado e 11 militares e policiais co­­lombianos que estavam em po­­der da guerrilha.

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Ingrid, que ficou seis anos nas mãos das Farc, chegou a Bogotá na noite de quinta-feira, em sua primeira visita à Colômbia desde 2008. "Estou muito emocionada por estar na Colômbia", disse ao prestar homenagem aos militares que os resgataram.

Em 13 de junho passado, uma operação batizada de "Camaleão" permitiu resgatar um general da polícia e outros três membros da força pública. A ação foi realizada uma semana antes do segundo turno das eleições presidenciais, vencido por Juan Manuel Santos (situação), ex-ministro da Defesa durante a operação que libertou Ingrid em 2008.

Betancourt, que trabalhou com Santos quando foi ministro de Comércio Exterior durante o governo de César Gaviria (1990-1994), destacou que o país segue "por um bom caminho".