Os Estados Unidos enviaram dois detentos que estavam na prisão de Guantánamo de volta a seu país de origem, a Arábia Saudita, informou o Pentágono hoje, no mais recente impulso em um lento esforço para o eventual fechamento do local.
As transferências de Saad Muhammad Husayn Qahtani e Hamood Abdulla Hamood reduziram a população prisional para cerca de 160, e ocorrem após a repatriação de dois outros prisioneiros da Argélia este mês.Os prisioneiros sauditas não foram acusados de nenhum crime.
"Os EUA realizaram um progresso real em transferir responsavelmente os detentos de Guantánamo, apesar das pesadas restrições legislativas que dificultam nossos esforços", disse Paul Lewis, autoridade nomeada pelo Pentágono para conduzir o fechamento da prisão, por meio de um comunicado.
Obama prometeu desativar a prisão de Guantánamo durante a campanha presidencial, dizendo que o local havia prejudicado a reputação dos Estados Unidos no mundo. Mas ele ainda tem se mostrado incapaz de cumprir a promessa após quase cinco anos no cargo, em parte por causa da resistência do Congresso dos EUA.
"O governo dos Estados Unidos tem feito avanços efetivos na transferência responsável de detentos em Guantánamo, apesar das onerosas restrições legislativas que obstruem nossos esforços", afirmou Paul Lewis, encarregado especial do Departamento de Defesa para o fechamento de Guantánamo.
Lewis destacou que ele e seu colega no Departamento de Estado estão "comprometidos" com a transferência do "máximo possível" de detentos, "pois trabalhamos para reduzir a população reclusa e finalmente para fechar as instalações".
Apesar dos debates sobre as restrições à transferência de presos de Guantánamo no Congresso, Obama tenta acelerar a repatriação, orientada a fechar a prisão, 12 anos depois da inauguração do centro na base naval americana ao sudeste da ilha de Cuba.
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