O governo mexicano informou nesta quarta-feira (16), a detenção de um ex-ministro da Defesa e um general, suspeitos de ligações com o narcotráfico, em mais um escândalo envolvendo militares de alta patente em meio à "guerra às drogas" iniciada há cinco anos.

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O general aposentado Tomás Ángeles Dauahare, ex-subsecretário da Defesa Nacional, e o general Roberto Dawe González, foram entregues à unidade policial de combate ao crime organizado, segundo autoridades. Se eles forem condenados por narcotráfico, será o mais sério caso de corrupção militar durante o governo de Calderón.

Angeles Dauahare foi o número 2 das Forças Armadas e teve participação importante na mobilização militar contra traficantes, durante o mandato de Felipe Calderón, logo depois da sua pose, em 2006. Também foi secretário particular do ministro Enrique Cervantes no governo do presidente Ernesto Zedillo (1994-2000). Presidiu ainda o Conselho de Guerra em 2002, quando prendeu dois generais acusados de ligação com o narcotráfico. Dauahare se aposentou em 2008. Dawe González continua na ativa. Ele comandava uma unidade de elite do Exército em Colima (oeste), e segundo a imprensa, ocupou cargos em estados violentos, como Sinaloa e Chihuahua.

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Um funcionário da Procuradoria-Geral mexicana disse, sob anonimato, que os generais passarão vários dias detidos para interrogatórios, e poderão depor à Justiça. De acordo com dados do governo, mais de 47.000 pessoas foram mortas em crimes relacionados ao narcotráfico desde que Calderón lançou sua campanha de combate às drogas.