• Carregando...
Opositores do venezuelano Hugo Chávez apoiam emissora suspensa: ondas de protestos violentos são comuns | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Opositores do venezuelano Hugo Chávez apoiam emissora suspensa: ondas de protestos violentos são comuns| Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

O governador do estado venezuelano de Mérida, Marcos Diaz Orellana, informou que dois adolescentes morreram durante os protestos que eclodiram depois que o governo obrigou as empresas de tevê por assinatura a tirar do ar um canal a cabo crítico ao presidente Hugo Chávez.

Segundo o governador, uma das vítimas foi morta a tiros e a outra morreu em consequência de uma explosão em meio a confrontos entre a polícia, estudantes anti-Chávez e partidários do governo ontem.

Estudantes foram às ruas em protesto contra a decisão do go­­verno de ordenar que as empresas de tevê a cabo tirassem o ca­­nal Radio Caracas Televisión In­­ternacional (RCTVI) de suas programações.

Houve protestos estudantis em Caracas e outras cidades. Na capital, um grupo de manifestantes foi dispersado pela polícia com gás lacrimogêneo.

A RCTVI tinha desafiado as novas regras que exigem que canais a cabo transmitam obrigatoriamente material oficial, in­­cluindo discursos do presidente Chávez.

A segunda vítima, segundo o governador, foi um estudante de 28 anos que teria morrido durante a madrugada. Horas an­­­­tes, uma menina de 15 anos, Carrillo Yo­­sinio, integrante do governista Partido Socialista Unido da Vene­­zuela (PSUV), foi morta a tiros durante confronto entre grupos de estudantes, de acordo com o relato do governo estadual.

O caos em Mérida deixou 33 feridos, além de alguns veículos e edifícios queimados, informou a imprensa local.

Segundo o governador, a si­­tuação era calma ontem, mas houve convocações para novos protestos ao longo do dia.

Racionamento

Em meio a um racionamento de energia e a problemas econômicos que levaram à desvalorização da moeda venezuelana neste mês, Chávez enfrenta ainda a renúncia do vice-presidente da Venezuela, Ramón Carrizález, que também era ministro da De­­fesa. Sua saída foi justificada por "motivos pessoais", segundo informações da imprensa local.

Ontem, Chávez, que nos últimos anos tem estatizado dezenas de companhias estrangeiras, incluindo do setor de petróleo, re­­conheceu que seu país precisa do investimento de companhias de petróleo estrangeiras.

"O investimento e a experiência de firmas de petróleo es­­tran­­geiras são necessárias na Vene­­zuela", disse Chávez.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]