O canal Todo Notícias (TN), da televisão argentina, informou nesta trça-feira (22) que duas pessoas teriam morrido nos confrontos com militares e policiais em frente à Embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital de Honduras, onde se encontra o presidente deposto, Manuel Zelaya.
Milhares de manifestantes estavam em frente à embaixada, desde ontem, e foram dispersados nesta manhã por balas de borracha e gás lacrimogêneo. Em apoio ao regresso de Zelaya, os partidários haviam desafiado o estado de sítio imposto pelo presidente do governo de fato, Roberto Micheletti. Zelaya, o presidente deposto, concedeu uma entrevista por telefone à rede de TV CNN, na qual denunciou a repressão militar e a presença de franco atiradores em pontos estratégicos ao redor da Embaixada brasileira.
O site do jornal argentino "Infobae" informa que o chefe policial de Honduras, Orlin Cerrato, confirmou a mobilização militar em torno da Embaixada do Brasil a fim de dispersar os manifestantes. "As pessoas foram dispersadas e a ordem pública foi restabelecida", disse ele, em entrevista ao Canal 11 de Honduras
O clima de tensão no país voltou a se acirrar ontem, após a confirmação de que Zelaya havia regressado a Honduras e estava abrigado na sede diplomática brasileira. O secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, suspendeu viagem prevista para hoje a Tegucigalpa porque não há voos para o país.
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