A polícia de Malta prendeu 10 suspeitos pela morte da jornalista Daphne Caruana Galizia, anunciou o premiê Joseph Musca nesta segunda-feira (4), quase dois meses após seu assassinato em um carro-bomba.
Todos os suspeitos são malteses e maioria tem ficha criminal, acrescentou Muscat. A polícia tem 48 horas para questionar os suspeitos, indiciá-los ou soltá-los.
"As autoridades têm todas as áreas de interesse sob controle desde cedo hoje e buscas estão acontecendo", afirmou.
Ataque
Galizia, 53, foi assassinada em 16 de outubro quando deixava sua casa de carro no norte de Malta. Ela escrevia um blog em que denunciava casos de corrupção envolvendo políticos de diversos locais.
Ela também participava das investigações internacionais conhecidas como Panama Papers —fraudes fiscais trazidas à tona após o vazamento de registros do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca.
Nos nove meses antes de sua morte, Galizia enfrentava 36 processos de difamação em Malta.
Sua morte chocou o país e causou preocupações dentro da União Europeia sobre o estado de direito na ilha mediterrâneo. Após concluir uma missão na última sexta-feira (1º), um grupo de legisladores da União Europeia afirmou que havia uma "percepção de impunidade" em Malta.