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Pelo menos dois migrantes morreram e 20 ficaram desaparecidos após o naufrágio do barco em que navegavam, no Mar Mediterrâneo, neste sábado (8). Eles tentavam fazer a travessia entre a Tunísia e a Itália.
Outros 22 africanos teriam sido salvos no mesmo naufrágio pela ONG alemã Resqship, que realizou também os resgates dos corpos dos dois migrantes afogados, segundo informações da agência de notícias italiana ANSA.
De acordo com uma postagem da ONG na rede social Twitter, os sobreviventes resgatados confirmaram que 20 pessoas se afogaram. Após o resgate, eles desembarcaram na ilha italiana de Lampedusa, no Mediterrâneo.
Os resgatados são originários da Costa do Marfim, Guiné, Camarões e Senegal. Eles teriam partido da cidade tunisiana de Sfax, num bote de apenas 7 metros.
Também no Twitter, a ONG alemã de resgate Sea Watch International informou que aeronaves que sobrevoavam o Mar Mediterrâneo neste sábado avistaram pelo menos 19 embarcações em perigo.
Os casos de naufrágio no Mediterrâneo com barcos partindo da Tunísia vêm se tornando cada vez mais frequentes. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o país assumiu o lugar da Líbia como principal ponto de partida para refugiados africanos que tentar a travessia para a Europa como forma de fugir da pobreza e dos conflitos armados na África e no Oriente Médio.
Ainda segundo o jornal, pelo menos 14 mil pessoas vindas especialmente da África subsaariana foram resgatadas ou interceptadas nos primeiros 3 meses do ano ao tentarem cruzar para a Europa. O número é pelo menos 5 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado.