O ministro do Interior e o chefe da Inteligência do Afeganistão renunciaram neste domingo por falhas que levaram a ataques de insurgentes em uma conferência de paz organizada na semana passada pelo presidente Hamid Karzai, segundo informou seu gabinete.

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Na quarta-feira, insurgentes dispararam pelo menos quatro mísseis contra a tenda onde acontecia uma tradicional 'jirga' (reunião) de 1.600 autoridades e dirigentes afegãos. Nenhum míssel atingiu os participantes, mas o ataque foi seguido por um atentado de três rebeldes que usavam coletes com explosivos.

"O presidente perdeu confiança na nossa capacidade de fornecer segurança para a jirga e a minha explicação não foi suficientemente convincente", disse a jornalistas o chefe da Inteligência, Amrullah Saleh.

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O Taleban assumiu responsabilidade pelo ataque à reunião, realizado apesar do forte programa de segurança aplicado à capital.

Embora não haja nenhuma vítima além dos atacantes - dois foram baleados e um foi capturado -, o incidente envergonhou Karzai, que tinha convocado a reunião para discutir suas propostas de paz aos membros do Taleban.

Karzai abrandou os ataques, classificando-os como algo corriqueiro, mas um impacto direto sobre a tenda em que se encontravam autoridades afegãs e diplomatas ocidentais teria sido um desastre.

Um comunicado de Karzai informava que o presidente aceitou a renúncia de Saleh e do ministro do Interior, Hanif Atmar.

A declaração do palácio do governo também dizia que o presidente nomeou interinamente Paswal Mohammad Munir Mangal como ministro do Interior e Ibrahim Spinzada como chefe da Inteligência.

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