Dois ministros do governo provisório tunisiano renunciaram na segunda-feira, cedendo às exigências de manifestantes para que todos os membros do antigo regime sejam expurgados do atual gabinete.
A Bolsa de Valores de Túnis anunciou a suspensão das suas operações "a fim de proteger as economias investidas em títulos", numa medida que reflete a instabilidade que continua dominando o país desde a rebelião que depôs o líder Zine al Abidine Ben Ali, em janeiro.
No domingo, o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, que já ocupava esse cargo sob o comando de Ben Ali, também renunciou. Depois disso, os titulares das pastas de Indústria e Tecnologia, Mohamed Afif Chelbi, e do Planejamento e Cooperação Internacional, Mohamed Nouri Jouini, passaram a ser os únicos remanescentes do governo de Ben Ali.
A agência estatal de notícias TAP anunciou primeiro a renúncia de Chelbi, e horas depois a de Jouini. Não foram dadas explicações para as demissões, nem citados nomes de substitutos.
Ben Ali, que passou 23 anos no poder, fugiu para a Arábia Saudita diante da onda de protestos que se espalhou depois para o mundo árabe. O governo provisório que o substituiu continuou enfrentando manifestações, algumas delas violentas.
Ghannouchi foi substituído por Beji Caid Sebsi, que havia sido chanceler do país no governo de Habib Bourguiba, primeiro presidente da Tunísia pós-independência.
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