Dois senadores republicanos disseram neste domingo (8) que apresentarão um projeto de lei bipartidário para impor sanções adicionais contra a Rússia por causa do ataque cibernético às eleições norte-americanas. A medida ameaça aprofundar a divisão entre o Congresso dos Estados Unidos e o presidente eleito Donald Trump no que tange às relações entre os EUA e a Rússia.
Obama admite ter “subestimado” impacto de interferência russa nas eleições dos EUA
Leia a matéria completaOs senadores Lindsey Graham, da Carolina do Sul, e John McCain, do Arizona, disseram em entrevista ao programa de TV Meet the Press que o projeto de lei daria ao novo governo ferramentas adicionais para impor sanções contra a Rússia à luz da conclusão do relatório das agências de inteligência dos EUA de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, orquestrou uma campanha para minar e interferir na eleição presidencial de 2016 nos EUA. “Nós vamos introduzir sanções que são bipartidárias, que vão além das sanções que temos hoje contra a Rússia, que vão atingi-los no setor financeiro e no setor de energia”, disse Graham.
Os esforços de Lindsey são um sinal de que a proposta de aproximação com a Rússia do novo governo está enfrentando resistência no Legislativo, onde muitos republicanos do Congresso defendem há muito tempo uma postura mais dura contra a Rússia. A ampliação dessa divisão também pode ficar mais clara quando o Senado iniciar o processo de confirmação do candidato de Trump para o cargo de secretário de Estado, Rex Tillerson.
Se o projeto de lei passar em ambas as casas do Congresso norte-americano, o novo presidente ficará sob nova pressão para decidir se vai ou não assiná-lo, especialmente se houver amplo apoio bipartidário. Graham disse que o projeto dará a Trump “a oportunidade de fazer com que a Rússia pague um preço por interferir em nossas eleições, para que isso detenha outros no futuro. Espero que ele aproveite”.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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