Dois soldados ucranianos morreram e outros vinte ficaram feridos nas últimas 24 horas em combates com as milícias pró-russas no leste da Ucrânia apesar da trégua declarada há mais de um mês entre os lados em conflito.

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Os dois militares eram membros da Guarda Nacional que caíram em uma emboscada inimiga na região de Lugansk, informou neste sábado Andrei ++Lisenko++, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa.

O comando militar ucraniano denunciou que durante a noite os rebeldes atacaram suas posições 14 vezes com armamento pesado, incluído o estratégico aeroporto de Donetsk.

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Já os insurgentes acusaram as forças leais a Kiev de violar o cessar-fogo mais de 40 vezes, incluídos ataques contra zonas de Donetsk habitadas por civis.

A chancelaria ucraniana reconheceu hoje que as consultas por videoconferência mantidas ontem por representantes de Kiev e das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk não deram nenhum resultado positivo.

Os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França acordaram ontem se reunir na próxima segunda, dia 12, em Berlim para afinar posturas sobre uma possível cúpula em Astana destinada a buscar a regulação pacífica do conflito.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, antecipou no final de 2014 que a cúpula aconteceria em 15 de janeiro, mas a data não foi confirmada.

A chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu após se reunir na quinta-feira em Berlim com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, que essa reunião "não fara com que os pontos do acordo de Minsk sejam cumpridos de um dia para o outro".

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Merkel, que deve se encontrar na capital cazaque com Poroshenko e os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, François Hollande, lembrou que o cessar-fogo no leste da Ucrânia "é muito frágil".

O líder alemã abordará na próxima sexta-feira esse assunto a portas fechadas com o presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, que, apesar ser aliado do Kremlin, defendeu a integridade territorial da Ucrânia.