Javier Milei, eleito neste domingo (19) para presidir a Argentina até 2027, tentará a partir de 10 de dezembro, data da sua posse, implementar uma série de medidas que vão na contramão do populismo esbanjador do kirchnerismo, que governou a Argentina em 16 dos últimos 20 anos.
O libertário promete implantar um forte controle das contas públicas: em uma reunião virtual em agosto com uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI), se comprometeu a fazer um ajuste fiscal mais rigoroso do que o exigido à Argentina pelo fundo.
Suas principais promessas durante a campanha foram a dolarização da economia argentina e o fim do Banco Central.
Milei disse que a moeda argentina é “um excremento”, o que motivou em outubro a abertura de um processo por parte do presidente Alberto Fernández, sob a alegação de que a declaração do libertário motivou uma grande busca por dólares e por consequência a disparada do valor da moeda americana.
Em entrevista ao El País durante a pré-campanha, Milei justificou que, para frear a inflação, é necessário “tirar a máquina de impressão de dinheiro dos políticos” e que a Argentina era “o país mais rico do mundo quando não tinha um Banco Central”.
O libertário também disse que pretende retirar seu país do Mercosul. “O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica todos os seus membros”, justificou.
Na política externa, Milei afirmou que não pretende manter parcerias com a China e com governos sul-americanos de esquerda (“Não tenho parceiros socialistas”, afirmou) e que sequer pretende se reunir com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas áreas de educação e saúde, também prometeu grandes mudanças. Na primeira, Milei propõe um sistema de vouchers, para que os pais escolham onde seu filho vai estudar.
Na saúde, seu plano é a criação de um seguro universal, por meio do qual pacientes e profissionais fariam acordos sobre os valores a serem pagos pelos serviços.
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