Dominicanos avaliam candidatura ao Conselho da ONU

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O presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, disse nesta quinta-feira que o seu país está analisando a possibilidade de se candidatar a uma vaga no Conselho de Segurança da ONU.

Fernandez disse durante uma visita a Washington que conversou com o ministro do Exterior da Venezuela, Nicolas Maduro, que o teria sondado para apresentar a candidatura como forma de romper o impasse quanto a escolha de um país para a vaga rotativa da América Latina no Conselho.

"Nossa resposta é que vamos considerar isto como uma possibilidade", disse Fernandez, segundo a agência de notícias Associated Press.

A Venezuela está competindo com a Guatemala pela vaga, mas nenhum dos dois países conseguiu a maioria exigida de dois terços dos votos de países da Assembléia Geral da ONU. O impasse entre os dois países permanece depois de 41 votações.

Reunião

Também nesta quinta-feira, Maduro e o chanceler da Guatemala, Gert Rosenthal, fracassaram numa nova tentativa de chegar a um acordo em um encontro na ONU.

Segundo a agência de notícias EFE, Rosenthal disse que pediu a Maduro que a Venezuela retirasse a candidatura, usando o argumento de que o país centro-americano tem conseguido mais votos nas votações realizadas.

O Brasil apóia a Venezuela, enquanto muitos países da América Central apóiam a Guatemala, o candidato preferido pelos Estados Unidos.

A votação será retomada no dia 31 deste mês.

Chávez

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse na quarta-feira que tinha sugerido a Bolívia, um aliado próximo, como uma opção de candidato de consenso.

Em La Paz, o vice-presidente boliviano, Alvaro Garcia Linera, disse que seu governo iria aceitar ser o candidato apenas se a Bolívia fosse uma "ferramenta para alcançar o consenso", segundo a Associates Press.

A batalha pela vaga rotativa no Conselho de Segurança da ONU atraiu a atenção internacional. Uma vitória da Venezuela daria a Chávez uma nova plataforma internacional para divulgar suas opiniões contra os Estados Unidos.

A Guatemala é vista como pró-Estados Unidos e teve apoio daquele país. A vaga é reservada para um país da América Latina e Caribe e ficará vaga no dia 1º de janeiro de 2007.