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A empresa Dominion, fabricante de máquinas de votação usadas nas eleições americanas, abriu um processo contra Rudolph Giuliani, advogado do ex-presidente Donald Trump, por difamação, buscando uma compensação de US$ 1,3 bilhão.
O documento de 107 páginas, entregue a um tribunal federal nesta segunda-feira (25), acusa Giuliani de promover uma "narrativa falsa pré-concebida" de que a eleição presidencial foi roubada de Trump, por meio de fraude em seus sistemas, em diversos programas da mídia americana e em redes sociais. A ação alega também que as teorias promovidas pelo ex-prefeito de Nova York e outros aliados de Trump - fomentaram a invasão ao Capitólio americano em 6 de janeiro.
A Dominion chamou de campanha "big lie" (grande mentira) a disseminação de teorias sobre fraudes nas eleições, afirmando na ação que Giuliani e seus aliados "fabricaram e disseminaram a 'grande mentira', que previsivelmente se tornou viral e enganou pessoas que passaram a acreditar que a Dominion roubou seus votos e manipulou a eleição".
"O fundador e funcionários da Dominion têm sido assediados e recebido ameaças de morte, e a Dominion sofreu prejuízos irreparáveis e sem precedentes", afirma a acusação, elencando mais de 50 afirmações feitas por Giuliani que a empresa considera difamatórias.
Em comunicado, Giuliani disse que acredita que a ação dará a ele a oportunidade de provar as suas alegações contra a Dominion. "A quantia que está sendo exigida tem, obviamente, a intenção de amedrontar pessoas de coração fraco", afirmou, segundo o Washington Post. O advogado de Trump considerou o processo uma ação para "apagar e censurar o exercício de liberdade de expressão, assim como a capacidade de advogados de defenderem seus clientes vigorosamente" e disse que abrirá um processo contra a empresa por "violação de seus direitos constitucionais".