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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou em uma entrevista transmitida neste domingo (2) pela emissora Fox News que não tem medo de uma pena de prisão domiciliar ou de liberdade condicional, depois de ter sido considerado culpado de 34 crimes de falsificação de documentos para ocultar pagamentos a uma atriz pornográfica pelo seu silêncio.
"Estou bem com o que acontecer", disse o ex-presidente, que foi entrevistado durante mais de uma hora pelo programa matinal Fox and Friends. Trump garantiu que não tem medo da sentença que o juiz nova-iorquino Juan Merchan lerá em 11 de julho. Na quinta-feira (30) um júri popular considerou o ex-presidente culpado de todas as acusações de falsificação de documentos comerciais em 2016 com a intenção de influenciar o processo eleitoral que o levou à Casa Branca.
"Essas pessoas estão doentes; estão perturbadas. Falamos sobre o inimigo externo e o inimigo interno. Você tem a China ou a Rússia, mas se você for um presidente inteligente, poderá administrá-los facilmente. Mas o inimigo interno está causando muitos danos para o nosso país. Eles querem fronteiras abertas, taxas de juros altas e impostos quadruplicados", disse Trump. Na entrevista, gravada no sábado, Trump recusou-se a confirmar se usará ou não o Departamento de Justiça para atacar rivais políticos.
"O Partido Republicano tem que ficar junto neste caso. Eles viram o que é a instrumentalização do Departamento de Justiça e do FBI. Isso vem de Washington", declarou Trump. “Essa instrumentalização é algo muito perigoso. Nunca tivemos isso em nosso país. Acontece em outros países, em países da América do Sul”, acrescentou.
Quando questionado sobre que mensagem tem para os latinos nos Estados Unidos que consideram que o país sofre com os problemas de independência judicial vividos pelas nações que deixaram para trás, Trump respondeu que os latinos o apoiam e o compreendem. "São boas pessoas; empreendedores e com muita energia. Sempre gostaram de mim e eu sempre gostei deles. Tive bons resultados com eles. Em 2016, ganhei toda a fronteira do Texas (com o México)", disse. (Com Agência EFE)