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Um alto tribunal de Bangladesh ordenou nesta terça-feira (30) que o governo confisque "imediatamente" os bens do proprietário do prédio comercial que desabou na semana passada, matando pelo menos 386 pessoas. Milhares de manifestantes que exigiam a pena de morte para ele entraram em confronto com a polícia e 100 pessoas ficaram feridas.

Um painel composto por dois juízes do Tribunal Superior também pediu que o banco central congele os bens dos proprietários das cincos confecções instaladas no prédio e que o dinheiro seja usado para pagar os salários e outros benefícios para os trabalhadores.

A ordem foi dada depois de a polícia apresentar o proprietário do prédio, Mohammed Sohel Rana, e os proprietários das fábricas ao tribunal. O edifício Rana Plaza, construído ilegalmente, desmoronou em 24 de abril. Um total de 3.122 pessoas trabalhavam nas empresas de confecção, mas ainda não se sabe quantas estavam no local no momento do acidente.

Os esforços de resgate foram suspensos e as autoridades agora usam maquinário pesado para retirar os escombros e chegar até o piso térreo, onde devem ser encontrados mais corpos.

Nesta terça-feira, foram registrados novos confrontos entre milhares de funcionários das confecções e policiais em Savar, deixando 100 pessoas feridas, informou a agência de notícias United News of Bangladesh. Segundo a agência, a polícia atacou os manifestantes com cassetetes.

Eles exigiam a pena de morte para Rana, além de informações sobre os desaparecidos e tentaram transpor o cordão de isolamento ao redor do prédio que ruiu. Pelo menos 22 pessoas que ficaram feridas foram hospitalizadas. Durante o protestos, pelo menos 20 carros foram destruídos, informou a agência. As informações são da Associated Press.

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