Ron Oneal Morris, conhecido como "Doutor Cimento", um falso cirurgião plástico da Flórida (EUA) acusado de injetar cola nos glúteos de mulheres, foi condenado a um ano de prisão, após se declarar culpado pelo exercício ilegal da Medicina, informou nesta quinta-feira (24) uma fonte da Justiça americana.
Morris foi acusado de injetar cola e selante de pneus da marca Fix-a-Flat nos glúteos de uma mulher em várias sessões de cirurgia plástica para ajudar a recuperar sua imagem, embora a defesa negue.
Morris é transsexual e já teria aplicado a mistura de cimento, supercola, óleo e selante em si mesmo, ficando com as nádegas deformadas. As fotos do desastroso procedimento circularam por todo o mundo.
O falso médico foi detido em 2012. Segundo o relatório policial, pesam sobre ele as acusações de exercer a medicina sem licença, causar danos sérios a outras pessoas e também de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
O primeiro incidente denunciado data de maio de 2010, quando uma vítima pagou US$ 700 (cerca de R$ 1.540) a Morris para uma cirurgia estética com a intenção de aumentar o volume das nádegas.
Pouco depois a mulher teve pneumonia e seus quadris ficaram visivelmente deformados, entre outras sequelas. Os médicos descobriram que Morris supostamente tinha injetado a supercola e Fix-a-Flat, além de óleos minerais e cimento nos glúteos da paciente.
O transexual enfrenta também acusações pela morte de uma antiga paciente, Shatarka Nuby, de 30 anos, que morreu em março 2012 em uma prisão onde cumpria pena por falsa identidade.
A família dela atribui sua morte às injeções que ela recebeu do falso médico entre 2007 e 2008 e que geraram uma infecção "sistemática e em massa".
Os investigadores afirmam que Shatarka Nuby pagou a Morris centenas de dólares para injeções de uma substância em seus glúteos, lábios, coxas e seios, e que as áreas tratadas foram seladas com cola e algodão.