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O defensor da eutanásia Jack Kevorkian, responsável por métodos polêmicos que lhe renderam o apelido "doutor morte", foi libertado da prisão nesta sexta-feira (1º), após cumprir pena de mais de oito anos por assassinato.

Kevorkian havia sido condenado após a exibição na televisão nacional do suicídio gravado de um homem. Ele alega ter auxiliado ativamente 130 pessoas a morrer.

Vestindo seu tradicional cardigã azul claro e gravata sobre a camisa branca, Kevorkian, de cabelos brancos, saiu da prisão e sorriu para o pequeno grupo de repórteres que o aguardava.

"É maravilhoso", disse ele sobre sua liberdade. "É um dos pontos altos da vida", acrescentou. Quando perguntado como se sentia, o ex-patologista de 79 anos, disse: "bem".

Seu advogado, que chegou a bordo de um carro branco com as janelas cobertas, protegeu Kevorkian da saraivada de perguntas dos jornalistas.

"Agradeço a todos por virem", disse Meyer Morganroth. "Agradeço aos milhares que o apoiaram e escreveram para ele. Ele só quer um pouco de privacidade nos próximos dias", emendou o advogado.

Kevorkian deve dar sua primeira entrevista exclusiva no domingo (3) ao programa de TV americano "60 Minutes", do apresentador Mike Wallace, que saudou Kevorkian na saída da prisão com um forte abraço. Wallace não respondeu a mais perguntas dos repórteres.

O mesmo programa exibiu, em 1998, uma entrevista com Kevorkian e trechos de um suicídio assistido gravado, feito pelo próprio "doutor morte", que levou a sua condenação e prisão.

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